Palavra de Deus, única norma de fé e de vida

O Pastor Adalberto Hiller, da Igreja Evangélica Luterana Portuguesa, trouxe à Semana de Estudos Teológicos, a decorrer em Viana do Castelo, a visão da sua Igreja sobre a Palavra de Deus, contida do Antigo (AT) e Novo Testamento (NT), tendo-a como «inspirada e infalível e como única norma de fé e de vida da Igreja Cristã». Ao longo da sua intervenção foi colocando em relevo as singularidades desta igreja saída da Reforma, nomeadamente o seu lema: só a Escritura, só a graça, só a fé. O Pastor sublinhou, comentando algumas notícias da actualidade, nomeadamente suposto aparecimento das ossadas de Cristo num túmulo agora descoberto, que «tudo quanto foi preservado nos textos sagrados, AT e NT, «é o conhecimento suficiente de um Deus que criou o mundo, o salva e o sustém», daí que só a escritura porque está ali a fonte. Apesar de um acesso «mais facilitado à Palavra», nos dias de hoje, Adalberto Hiller não está convencido que esta esteja mais próxima do coração dos homens, até porque «no meio de tantas solicitações nem sempre a escolha recai sobra o melhor». Só a graça, defende, porque a minha salvação operada em Cristo é «algo sem merecimento» da parte de algum de nós porque as nossas obras não tem valor perante tal gesto de entrega. «A boa obra perante Deus é aquela que faço porque agradecido recebi a graça do perdão depois de ter reconhecido em Deus um Pai de misericórdia». Só a fé neste «Deus perdoador» basta para a salvação, sublinhou o Pastor que está à frente do polo de Ponte de Lima da Universidade Fernando Pessoa, mostrando-se preocupado pelos muitos cristãos que vão afirmando que pouco acreditam na eternidade. Neste capítulo, o Pastor Luterano manifestou a sua preocupação com as ditas «novas religiões» que se vão instalando com promessas muito terrenas, cujas ideologias, filosofias e ideias bem elaboradas racionalmente, podem até ser úteis para alguns momentos da vida, contudo o essencial não prometem e muito menos podem «operar a fé em Deus». Uma das insistências na intervenção prendeu-se com os mandamentos e a Lei natural apresentados como base da todas as outras Leis, para crentes e não crentes. Os mandamentos são encarados como um «travão», na medida em que ajudam a «conter» o mal do mundo. Numa perspectiva já de crente, podem ser visto como «espelho» na medida em que cada um pode ver «o seu estado» propondo-se corrigir o que está fora de sítio. Finalmente como norma, actualizada em Cristo no mandamento do amor a Deus e ao próximo. O Pastor Adalberto Hiller sublinhou ainda a aceitação dos credos ecuménicos como confissão cristã por serem fiéis aos ensinamentos da Escritura Sagrada, justificou. Paulo Gomes, Notícias de Viana

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