País espera Bento XVI com «entusiasmo»

Presidente da República perspectiva visita do Papa

O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, assegurou esta Terça-feira ao representante diplomático do Papa no nosso país que “Portugal aguarda, com entusiasmo, a Visita Oficial de Sua Santidade”, em Maio próximo.

Na habitual cerimónia de apresentação de cumprimentos de ano novo pelo corpo diplomático, o presidente da República agradeceu ainda a intervenção de D. Rino Passigato, Núncio Apostólico, que é o Decano do Corpo Diplomático.

Na sua intervenção, D. Passigato deixou votos de que a visita de Bento XVI “possa contribuir significativamente para fortalecer o ânimo dos portugueses, estimulando-os a trabalhar com renovado empenho na procura do bem comum, unindo os seus melhores esforços para consolidar em Portugal uma comunidade justa e fraterna”.

Para o representante da Santa Sé, “a crise ainda instalada, em vez de nos abalar, há-de ser servir-nos de incentivo pela procura de soluções que ajudem a grande família humana a unir-se em volta do ideal supremo que a orienta: a fraternidade entre todos os povos e nações”.

O Núncio Apostólico recordou que em 2010 decorre o primeiro Centenário da implantação da República em Portugal, assinalando que “a memória da chegada de um regime novo atravessa o tempo e permite fazer actualmente uma síntese desapaixonada da transição para um sistema que privilegia a dignidade da pessoa humana e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária”.

“Nós, representantes de diferentes países, povos e culturas, e da Comunidade Internacional, pomos a maior ênfase na cooperação leal para ajudar Portugal a enfrentar com eficácia a difícil conjuntura do momento e a encontrar soluções realistas para os desafios que se impõem”, concluiu o Arcebispo italiano.

Cavaco Silva, por seu lado,  retomou o tema da crise financeira e económica internacional que marcou 2009 e “evidenciou os perigos da falta de transparência”, a qual “torna possível alimentar expectativas sem correspondência com a realidade e que permite ocultar comportamentos eticamente reprováveis”. 

“Precisamos, agora, que a retoma que se anuncia se consolide e seja gerida de forma sustentável”, assinalou, considerando que se devem evitar medidas proteccionistas ou políticas voltadas exclusivamente para “um suposto interesse nacional imediato”.

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Agência ECCLESIA

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