Papa Francisco ordenou dez sacerdotes e desafiou-os a serem misericordiosos e atentos aos mais velhos
Cidade do Vaticano, 20 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa ordenou este domingo 10 padres para a Diocese de Roma, numa missa a que preside na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pedindo-lhes que sejam “pastores” e não funcionários da Igreja.
“Exercitai na alegria e na caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, determinados unicamente a agradar a Deus e não a vós mesmos. Sede pastores, não funcionários! Sede mediadores, não intermediários”, pediu Francisco, na homilia da celebração que decorre no 50.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
O Papa argentino repetiu o que fazia enquanto arcebispo de Buenos Aires e retirou-se, antes da missa, para um momento de oração na sacristia, juntamente com os que iam ser ordenados, para os consagrar à Virgem Maria.
“Peço-vos em nome de Cristo e da Igreja, por favor, não vos canseis de ser misericordiosos. Com o óleo santo dareis alívio aos doentes e também aos idosos: não tenhais vergonha de ter ternura com os idosos”, declarou depois, durante a celebração da Eucaristia.
Numa reflexão sobre o papel dos padres na Igreja Católica, o Papa disse que cada um deles tem a missão de prosseguir a “missão pessoal de mestre, sacerdote e pastor” de Jesus Cristo, ao “serviço do Povo de Deus”.
“Oferecei a todos a Palavra de Deus que vós próprios recebestes com alegria. Lembrai-vos das vossas mães, avós, catequistas, que vos deram a Palavra de Deus, a fé”, prosseguiu.
Francisco destacou a importância da “palavra e do exemplo” na vida de cada padre, chamados a “unir os fiéis numa única família para conduzi-los a Deus”.
“Tende sempre diante dos olhos o exemplo do Bom Pastor, que veio para servir, não para ser servido, e procurar os que estavam perdidos”, acrescentou.
O Papa ordenou em seguida os dez padres, impondo as mãos sobre a sua cabeça e ungindo-lhes as próprias mãos, visivelmente emocionado, num momento que se concluiu sob os aplausos da assembleia.
Entre os novos sacerdotes inclui-se um engenheiro argentino, da mesma nacionalidade do Papa, dois indianos, um croata e seis italianos, tendo o mais velho 44 anos e o mais jovem 26.
OC