Os sacerdotes da diocese do Algarve estiveram a reflectir esta semana sobre a importância do Diálogo Pastoral no ministério presbiteral, no decorrer das jornadas de actualização do clero daquela diocese. Tendo como ponto de partida o documento do Papa Paulo VI, «Ecclesiam suam», sobre o mandato da Igreja no mundo contemporâneo, a reflexão do clero do Algarve centrou-se na terceira parte deste documento que, disse à Agência ECCLESIA o Pe. José Carlos da Silva, “é toda dedicada à atitude de diálogo da Igreja”. Assim, no início desta semana, nos dias 23 e 24 de Janeiro, o Pe. José Carlos da Silva, Reitor do Seminário de Évora, que orientou esta reflexão a cerca de 50 sacerdotes, explicitou aos presentes os conteúdos desse documento, “numa actividade teórico-prática procurando descobrir os conteúdos essenciais do trabalho de relacionamento interpessoal que exercitamos no dia a dia”, referiu. A escuta, a comunicação da experiência de Deus, a empatia e a colaboração são quatro características deste diálogo pastoral que, explicou o Pe. José Carlos da Silva, “é uma atitude da Igreja, na qual estabelece um tipo de relacionamento com o mundo e com as pessoas, semelhante ao relacionamento de Jesus Cristo”. O diálogo pastoral procura, segundo a definição do documento de Paulo VI, “transmitir uma imagem de Deus muito concreta”, salientou o Reitor do Seminário de Évora, e tem o objectivo fundamental, “de transmitir o amor de Deus, e ajudar as pessoas a descobrir o amor aos homens”, acrescentou. Numa concretização prática o diálogo pastoral de que ouviram falar os sacerdotes no Algarve, deve ser feito “de maneira compreensiva, não agressiva, tendo em conta os ritmos das pessoas e as condicionantes culturais, sociológicas e económicas. Não é um relacionamento autoritário, paternalista, nem despreocupado, que transmite o amor de Deus”, ressalvou o Pe. José Carlos da Silva.