Padres de Águeda pedem mais policiamento

Nos últimos tempos, as igrejas do arciprestado de Águeda registaram “seguramente mais de 100 assaltos” Nos últimos tempos, as igrejas do arciprestado de Águeda registaram "seguramente mais de 100 assaltos" e "algumas já vão na segunda ronda" – lamentou à Agência ECCLESIA o Pe. João Paulo Sarabando, pároco de duas paróquias daquele arciprestado. Para que a onda de assaltos termine está a circular uma petição a pedir ao Governo Civil de Aveiro o reforço policial naquela zona. "Há muita gente a assaltar tudo o que mexe e não mexe" – afirmou.

Como não policiamento nocturno necessário "tivemos que fazer algo". Umas das paróquias onde o Pe. João Paulo exerce o seu múnus sacerdotal tem cerca de 44 Quilómetros quadrados. "Se não há autoridades capazes de poder andar na rua temos de resolver a situação". As pessoas estão mobilizadas e "assinarão certamente a petição".

Com cerca de 40 Igrejas ao seu encargo, o pároco desta zona frisou que "mais de trinta já foram assaltadas". Como a população "é pobre" e os "alarmes custam dinheiro", os paroquianos nunca pensaram que "vinha esta vaga de assaltos" – disse. No entanto algumas destas têm alarmes e outras com vigilância, mas há "uma inoperância de todo o tamanho". E explica: "a Igreja de Águeda foi assaltada e havia um gravador de imagens. Foi para tribunal e o processo foi arquivado embora se visse claramente a cara do indivíduo".

Os ladrões roubam de tudo: "custódias, carpetes, santos e pinturas". Apesar do valor das peças de arte sacra, "nenhum leigo e até o padre quer ficar com a custódia em casa porque esta também pode ser assaltada".

A situação não é fácil porque "notamos um certo desânimo nas autoridades". Depois de todo o processo burocrático, "somos mais incomodados que os ladrões e passo a vida na GNR a prestar depoimentos". Na semana posterior recebe-se um papel do tribunal "a dizer que foi arquivado por falta de provas". E lamenta: "mais vale não fazer queixa".

A iniciativa da petição nasceu dos padres do arciprestado e "quando a propus as pessoas bateram palmas". Se a petição não resolver o problema "partiremos para outra solução". Naquele arciprestado existe uma paróquia que tem "os leigos mobilizados para tomarem conta da Igreja durante 24 horas".

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