Padre tem a missão de mostrar o caminho para o céu, defende o Bispo de Viana

Homenageados sacerdotes que comemoram 50 e 60 anos de sacerdócio

A natureza da vocação sacerdotal é «mostrar o caminho do céu» a quem o queira percorrer, defendeu ontem o Bispo de Viana do Castelo durante a celebração da Missa Crismal na qual recebeu do seu presbitério a renovação das suas promessas sacerdotais num sinal e testemunho da unidade.

Na Sé Catedral, o Prelado sublinhou que «Deus quis fazer do padre servo da felicidade de todos» os que acreditarem em Jesus Cristo, mesmo quando, como tem acontecido nestes tempos recentes, são «caluniados»

Exortou os sacerdotes a não se deixarem perturbar pelas acusações que lhes poderão ser dirigidas e não darem «qualquer razão para que isso possa acontecer».

Diante do seu presbitério, D. José Pedreira afirmou dar graças a Deus «pelo que o padre é e pelo que o padre faz», advertindo que o ministério requer um «combate permanente e sem tréguas», para alcançar a meta que nos comprometemos atingir no seio do povo de Deus, que o mesmo é dizer, perante a Igreja.

Citando o Papa João Paulo II recomendou aos presbíteros que apascentem «o rebanho de Deus que lhes foi confiado», olhando por ele de boa vontade segundo Deus, por dedicação, apresentando-se como «modelo do rebanho».

«Neste pormenor da nossa vida de pastores, podemos aurir força e luz na contemplação da conduta de Cristo em oração, para concluir que a prática da oração na vida quotidiana dum “pastor de homens” é uma questão de vida ou de morte espiritual, de felicidade ou de infelicidade pessoal».

D. José Pedreira confidenciou que orar é, sobretudo, «encontrarmos tempo para estar com Jesus» numa contemplação das «longas horas de oração silenciosa que Cristo fazia»

«A oração – defende D. José Pedreira – é alimento indispensável para o nosso dinâmico e frutuoso ministério de pastores».

Reconhecendo a grande alegria que os padres sentem em «evangelizar directamente, em contacto com as populações», frisou que não raras vezes são atemorizados pelo receio. «Quantas vezes sinto hesitação, um certo acanhamento, em falar directamente da minha fé às pessoas da rua ou num grupo intelectualmente mais distante do meu pensamento de cristão, de padre e de bispo».

Desafiou os padres a ultrapassarem a «timidez», a deixarem o «comodismo de não interpelar para não serem incomodados» e falar do essencial da Boa Nova de Cristo, garantindo que vão experimentar uma grande felicidade.

D. José Pedreira sublinhou que o padre «é o homem do futuro» porque redicado na ressurreição de Cristo procura as coisas do alto.

No meio de tanta azáfama e solicitações pastorais recordou ao sacerdotes a «obrigação» do «devido repouso» e a contarem sempre com a «ajuda e a oração dos nossos fiéis leigos».

O Ano Sacerdotal, concluiu o Prelado, «leva-nos a celebrar este dia com sentimentos de gratidão a Jesus Cristo, que nos escolheu para a vida sacerdotal, nos concedeu a força da unção sagrada e nos enviou como servidores da humanidade».

Nesta celebração da comunhão do presbitério com o Bispo Diocesano, foram “homenageados” os sacerdotes que cumpriram ou cumprem neste ano os 50 anos de ordenação, os padres António da Mota Gonçalves (Gondoriz, Arcos de Valdevez), Constantino Miranda Ribeiro Torres (Bertiandos, Ponte de Lima), João Cardoso de Oliveira (Areosa, Viana do Castelo), Carvalho Soares (natural de Meixedo, Viana do Castelo) e Luís Azevedo da Costa e Silva (S. Pedro da Torre, Valença). Além do padre Alberto Rodrigues Martins (natural de Alvarães, Viana do Castelo) que cumpre 60 anos de sacerdócio.

Paulo Gomes, «Notícias de Viana»

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