Padre Lino Maia é o novo presidente da CNIS

Com uma diferença de 90 votos a Lista A, liderada pelo Pe. Lino Maia foi a vencedora do II Congresso da CNIS. A Lista A obteve 327 votos contra 237 da Lista B. Foram ainda apurados 3 votos brancos e 3 votos nulos. O Pe. Lino Maia era, até agora, o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Porto e membro do Conselho Directivo Nacional da CNIS. No próximo triénio a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) terá como direcção uma equipa constituída por Pe. Lino Maia, Eleutério Alves, Eugénio Fonseca, João Dias, José Quirino, Maria Lúcia Leitão, Manuel Domingos, Manuela Rosa Fernandes e Maria Goreti Moreira. O presidente da Assembleia Geral será Mário Dias e para presidente do Conselho Fiscal foi eleito Alberto Churro. As eleições para os novos corpos directivos da CNIS decorreram esta tarde em Fátima durante os trabalhos do II Congresso da CNIS. Para este acto eleitoral concorreram duas listas. A Lista A, a vencedora, encabeçada, na direcção pelo Pe. Lino da Silva Maia, e a Lista B, liderada pelo Pe. Francisco Crespo, o presidente cessante. O II Congresso da CNIS, iniciou ontem com a presença do Presidente da República, Jorge Sampaio, e nele procurou-se “analisar o modelo social europeu, as políticas sociais em Portugal e na União Europeia”, referiu ontem Mário Dias, o presidente da Mesa da Assembleia Geral da CNIS. Ainda no dia de ontem, Ian Olsson, Conselheiro do Comité Económico e Social Europeu, falou sobre o modelo social europeu e a evolução demográfica, destacando o modelo social nórdico, pelo seu êxito. Ian Olsson aludiu à estratégia de Lisboa, referindo que esta está baseada na coordenação aberta que fixa objectivos comuns, mas deixa a cada Estado-Membro a liberdade de escolher os métodos para atingi-los. Esta manhã o presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, ao abordar, o tema “Políticas Sociais e Educativas em Portugal”, defendeu que o Estado deve assumir as suas responsabilidades em sintonia com as responsabilidades próprias dos cidadãos, tendo como objectivos fundamentais o aproveitamento dos recursos existentes. Disse que se torna importante o reconhecimento dos direitos de cada um e de todos, tornando-os evidentes e importantes na centralidade das intervenções individuais e colectivas. Costa Fernandes, o assessor jurídico da CNIS, deixou ainda um alerta para uma maior autonomia das IPSS. “Não existe uma cultura de parceria” entre instituições de solidariedade social e o estado, referiu este jurista ao abordar o tema do “Papel das IPSS na construção de um modelo de desenvolvimento centrado na defesa da dignidade da pessoa humana”. A afirmação deixada refere-se às dificuldades que as IPSS defrontam diariamente ao nível de sustentabilidade económica, reforçando a ideia de que é necessário que as instituições se abram à comunidade, ao trabalho em rede entre elas próprias e ao diálogo aberto com o próprio Estado. Costa Fernandes sublinhou ainda a obrigação e o dever do Estado apoiar as instituições de solidariedade social, já que estas contribuem activamente para o processo de desenvolvimento e democratização social, cultural e económico. A CNIS tem âmbito nacional, prossegue fins não lucrativos, e tem por finalidade defender, promover e assumir a defesa dos interesses comuns das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e ainda acautelar a autonomia das mesmas, sobretudo ao nível da livre escolha da organização interna e áreas de acção, bem como da sua liberdade de actuação.

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