Padre João Gonçalves esperar despertar consciências
Aveiro, 21 fev 2015 (Ecclesia) – O padre João Gonçalves, que inspirou o documentário “o padre das prisões”, revelou que este trabalho nasceu de uma “provocação” às autoras do mesmo, Inês e Daniela Leitão.
O padre João Gonçalves, coordenador nacional da pastoral penitenciária, ouviu que as irmãs Leitão tinham entregue ao Papa o documentário “O meu Bairro” e considerou ser uma boa ideia fazer um sobre as prisões.
“Fui eu que as provoquei e entrei nesta "roda" que é agora apresentada e nunca pensei que pudesse resultar neste documentário”, confessa o sacerdote da diocese de Aveiro em declarações à Agência ECCLESIA.
Depois de 40 anos de dedicação à cadeia de Aveiro, onde vai mais de uma vez por semana, o padre João Gonçalves sente que este documentário pode servir para “ser a voz dos reclusos, a voz dos que não têm voz” e despertar “os adormecidos”.
“Há muita gente adormecida em relação a esta realidade”, confessa.
Com o número de pessoas nas prisões portuguesas a aumentar o coordenador nacional da pastoral penitenciária alerta para a facilidade da reincidência: “São pessoas que entram na cadeia mas que depois vão voltar à sua vida, à sua rua, à sua freguesia e essas pessoas têm de ser agarradas porque podem reincidir novamente”.
O documentário «O padre das prisões», das irmãs Inês e Daniela Leitão, respetivamente argumentista e realizadora, é hoje apresentado publicamente às 16h00, no edifício da antiga Capitania de Aveiro, sendo posteriormente apresentado nas dioceses de Lisboa, Porto e Braga.
A entrevista do padre João Gonçalves ao Programa ECCLESIA pode ser vista esta segunda-feira, na RTP2, a partir das 15h30.
HM/SN