O padre jesuíta Raffaele de Ghantuz Cubbe recebeu, a título póstumo, a medalha de “Justo entre as Nações”, em cerimónia que se realizou esta Terça-feira no Instituto «Yad Vashem», de Jerusalém.
O prémio homenageia os não judeus que arriscaram a vida salvar vidas do genocídio do regime nazi.
O sacerdote italiano (1904-1983) escondeu três crianças judias no Colégio de Mondragone, perto de Frascati, cidade localizada a cerca de 20 km a sudeste de Roma, onde foi reitor entre 1942 e 1947.
A medalha foi entregue em Roma ao sobrinho do religioso jesuíta pelo embaixador de Israel na Santa Sé, Mordechay Lewy.
Durante a ocupação nazi de Roma, o padre Cubbe e os membros da comunidade onde vivia arriscaram a vida para esconderem Marco Pavoncello e dois irmãos, seus primos, Mario e Graziano Sonnino, este último falecido em Julho.
O reitor nunca tentou que as crianças se convertessem ao catolicismo, tendo permitido que completassem os estudos no colégio depois de terminada a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Marco Pavoncello e Graziano Sonnino participaram na cerimónia, juntamente com os seus filhos, netos e sobrinhos.
Na ocasião, o presidente da comunidade judaica de Roma, Riccardo Pacifici, recordou que o seu pai e tio também foram salvos devido à acção de padres católicos.
Raffaele de Ghantuz Cubbe foi vice-presidente da Obra de Assistência Pontifícia, instituída pelo Papa Pio XII para apoiar as vítimas da Segunda Guerra Mundial.
Redacção/Zenit