Comunicado do “Foro Português na África do Sul” ANTÓNIO MARCELINO DE GOUVEIA MARQUES, 15A VÍTIMA EM 2003 Ao tomar conhecimento da morte bárbara de António Marcelino de Gouveia Marques, de 67 anos de idade, nascido em Moçambique, originário de Portugal , este fórum em primeiro lugar expressa à esposa, Senhora Cândida Marques, aos filhos, residentes em Portugal e restante família as mais sentidas condolências pela morte do seu familiar e associa-se ao luto que sentem pela súbita e trágica perca do seu ente querido. António Marcelino de Gouveia Marques e a esposa foram brutalmente atacados na sua casa na madrugada de sábado 11 de Outubro na cidade de Kempton Park. Levados para o hospital da mesma cidade, a esposa, Cândida, sobreviveu, mas António, operado de emergência ao crânio, permaneceu em coma durante a maior parte do tempo quando na quinta-feira, 23 de Outubro, pelas 09.00 da manhã falecia, após o que parecia uma lenta recuperação. Nenhum destes criminosos parece ter sido capturado. Deve entretanto tornar-se público que dois dos assassinos de José Baptista, Edwin Dumisani Khumalo, 30, e Nedium Ndlovu, 34, morto a 10 de Junho de 2000 no seu supermercado em Sandton, foram, na quarta-feira, 22 de Outubro, condenados a prisão perpétua pelo Tribunal de Joanesburgo. Justiça foi feita à jovem viúva de José Baptista e seus dois filhos, mas José Baptista nunca mais voltará à sua família. A juíza Borchers, que sentenciou estes dois assassinos, merece o respeito e apoio do Foro Português. António Marcelino de Gouveia Marques é a 15a vítima portuguesa do crime na África do Sul neste ano. Mais uma vez a Comunidade Portuguesa da África do Sul é chocada com a notícia da morte de um dos seus concidadãos. O Foro Português na África do Sul, expressa a sua revolta por mais violência neste país, que dá razão de ser à luta contra o crime que iniciou a 15 de Novembro de 2000 em Pretória e convida esta família enlutada e irremediavelmente marcada pela violência a juntar-se a este fórum para fortalecer a sua voz e dar continuidade à luta contra o crime, que consiste, entre as outras actividades, em exigir segurança e protecção para todos os Sul-africanos, um direito consignado na constituição do país. O Foro Português na África do Sul continua a lamentar a falta de patrulhamento nos bairros residenciais, onde os criminosos continuam à solta. Alerta ainda o Governo Português para o facto de mais um Português ter perdido a vida por evidente falta de segurança e de respeito pela vida humana neste país e pede que exijam do Governo Sul-africano uma explicação para o sucedido. O Foro Português continua a pedir ao Governo Sul-africano que considere o patrulhamento dos bairros residenciais uma absoluta prioridade, que um maior número de polícias, devidamente treinados e equipados, sejam colocados nas ruas deste país o mais rapidamente possível, para evitar a morte de mais residentes. Que efectivos militares sejam treinados para garantir a segurança de toda a África do Sul. Uma vez morto um cidadão, ninguém mais o pode restituir à sua família. 23/10/2003 Padre Carlos Gabriel
