Os Santuários de Fátima dos emigrantes portugueses

Os emigrantes portugueses que não podem deslocar-se ao Santuário de Fátima na peregrinação de Maio vivem nas suas comunidades esta celebração religiosa. Em França, na cidade de Lyon, no Santuário de La Fourviére, os portugueses daquela região fizeram também “uma procissão das velas” e “viveram intensamente o 13 de Maio” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. António Felisberto, da diocese de Viseu que este ano presidiu àquelas celebrações na cidade francesa. E avança: “parecia quase Fátima”. Se o recinto de Fátima tinha cerca de meio milhão de peregrinos vindos dos mais variados pontos do globo, no Santuário de La Fourviére o número era bem menos. “Estavam cerca de mil e quinhentas pessoas e a maioria eram emigrantes” – frisou aquele sacerdote. Num clima de “silêncio e fé”, as pessoas tinham o coração em Fátima. “No fundo é uma imitação daquilo que se faz no Santuário de Fátima” – referiu o Pe. António Felisberto. Estão fora do país que os viu nascer mas “não esquecem a mensagem de Fátima”. Um sinal “aglutinador” dos portugueses. Alguns fizeram algumas centenas de quilómetros para estar ali. Tal como em Fátima, a celebração terminou com o adeus à Virgem e “não faltaram os lenços brancos”. Este santuário situa-se no centro de Lyon. No percurso da procissão das velas – inicio na catedral e fim no santuário de La Fourviére -, os peregrinos levam “as suas velas acesas e prestam homenagem à Virgem de Fátima”. Para aqueles que não puderam participar na procissão de velas, uma rádio local transmitiu a celebração em directo. Para os emigrantes é de extrema importância que seja um padre ou bispo português a presidir às celebrações. “É uma questão de sentimento e ajuda a matar saudades da terra”. E acrescenta: “Cheira mais à Fátima portuguesa”.

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