Sublinhou Bento XVI aos membros da Congregação para as Causas dos Santos
Os santos não são pessoas do passado, mas constituem “o presente e o futuro da Igreja e da sociedade” – sublinhou Bento XVI este sábado, no Vaticano, aos membros e colaboradores da Congregação para a Causa dos Santos, liderados pelo respectivo Prefeito, o arcebispo Angelo Amato.
No quadragésimo aniversário desta instituição, o Papa realça que quando a Igreja venera “um Santo, anuncia a eficácia do Evangelho e descobre com alegria que a presença de Cristo no mundo, reconhecida e adorada na fé, é capaz de transfigurar a vida do homem, produzindo frutos de salvação para toda a humanidade”.
Aliás, observou ainda Bento XVI, “cada beatificação e canonização é, para os cristãos, um forte encorajamento a viver com intensidade e entusiasmo o seguimento de Cristo, caminhando para a plenitude a existência cristã e a perfeição da caridade”.
O Papa observou ainda que a vida de cada santo, de qualquer parte da terra, apresenta sempre “duas significativas constantes”. Por um lado, o facto de a sua relação com o Deus nunca ser repetitiva, exprimindo-se em “modalidades autênticas, vivas e originais, brotando de um diálogo com o Senhor intenso e envolvente, que valoriza e enriquece mesmo as formas externas”. Além disso, “vem ao de cima a contínua busca da perfeição evangélica, a recusa da mediocridade e a tensão em direcção à total pertença a Cristo”.
Na parte final do discurso que dirigiu aos membros e colaboradores da Congregação para as Causas dos Santos, referindo-se à oportunidade espiritual e pastoral que constitui o longo processo que do reconhecimento da heroicidade das virtudes ou do martírio conduz depois à beatificação e, finalmente, quando é o caso, à canonização:
“No itinerário para o reconhecimento da santidade, emerge uma riqueza espiritual e pastoral que abrange toda a comunidade cristã. A santidade – isto é, a transfiguração das pessoas e das realidades humanas à imagem de Cristo ressuscitado, representa o objectivo último do plano de salvação divina, como recorda o apóstolo Paulo: ‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’.”
Com Rádio Vaticano