Os jovens e os meios de comunicação social (2ª parte)

Continuando a análise que iniciamos na passada semana, da intenção geral do Papa Bento XVX para o Apostolado da Oração deste mês de Janeiro, iremos agora olhar para alguns aspectos negativos do uso dos média e como é que educamos para o seu uso correcto.

Apesar de no artigo anterior termos verificado que as novas tecnologias nos proporcionam enormes melhorias ao nível social, educativo, familiar e mesmo pessoal, como facilmente percebemos, não existem só factores favoráveis. De facto, no “mundo virtual” nem tudo é positivo ou melhor, pode não ser. De uma maneira genérica, diz-nos o Papa, a “internet pode criar mecanismos de dependência com consequências muito graves para o próprio, para a família e até para a sociedade”, isto porque, pode ocorrer que a pessoa se isole, alheando-se, em parte, das relações sociais reais, “alterando os ritmos de repouso, de silêncio e reflexão necessários para um são desenvolvimento humano”. Os próprios meios de comunicação “promovem, em muito casos, a indústria do sexo, que ocupa milhares de páginas da Internet” e ainda, existe uma enorme quantidade de conteúdos partilhados pelos utilizadores que “alimentam o ódio e a intolerância, degradam a beleza da vida humana e levam a explorar os débeis e os indefesos”.

Assim, é necessário informar e esclarecer para que exista uma correcta utilização e conhecimento das novas tecnologias, de forma a serem evitados danos, potenciando as enormes vantagens que eles nos oferecem. Bento XVI afirma que, é aqui que “entra o papel dos pais, dos professores e da Igreja”. É pois importante educar os jovens para serem cuidadosos no uso dos mass media. Afirmar e ajudar a promover, através das escolas e paróquias, o papel dos pais como aqueles que “têm o direito e o dever de assegurar o uso prudente dos media, formando a consciência dos seus filhos, orientando-os na escolha ou rejeição dos programas disponíveis”. Devemos olhar para a educação das novas tecnologias de uma forma positiva, formando os seus utilizadores em pleno exercício da liberdade. “Os pais concederão uma liberdade cada vez maior aos filhos, introduzindo-os, ao mesmo tempo, na profunda alegria de viver.” Por fim, o Santo Padre diz que, “a Igreja deseja, sobretudo, partilhar a sua visão da dignidade humana que é central para toda a comunicação humana digna”.

Fernando Cassola Marques

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Agência ECCLESIA

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