Os avós estão a morrer com os valores

Bispo de Viseu recorda as histórias e o colo doce do avô Os avós são «essenciais» na sociedade actual porque mantêm a ligação “à fidelidade dos valores e são a continuidade desses valores” – disse à Agência ECCLESIA D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu. Quem não respeita os avós e “não tem futuro” – acrescentou. Na cultura pós-moderna há cortes substanciais na transmissão de valores. Muitas vezes, os avós “queixam-se que não são respeitados pelos mais novos (netos)”. Há um corte umbilical na família. Não se trata de culpar ninguém, mas assisti-se também que “alguns avós não transmitem a cultura do seu tempo”. “Os mais velhos estão a morrer com os seus valores” e “os mais novos estão vazios, órfãos de valores” – realça o prelado de Viseu, que celebrou ontem (dia 26 de Julho) a festa de S. Ana e S. Joaquim numa paróquia daquele território eclesial. Na celebração do Dia dos Avós, D. Ilídio Leandro apelou para que haja mais unidade e transmissão de valores. “Celebramos os nossos antepassados através da memória, herança e respeito”. No início desta semana (dia 23 de Julho), D. Ilídio Leandro celebrou o primeiro aniversário da sua ordenação episcopal. Natural daquela diocese e com 56 anos, o bispo de Viseu já não tem avós, mas “recordo-me do colo do meu avô”. E acrescenta: “tinha dois anos quando ele faleceu, mas recordo-me daquele colo doce e sem castigos”. E finaliza: “tenho pena que os avós não tenham lugar na casa dos netos”.

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