Os argumentos a favor do aborto soam a falso

“A insistência na liberalização do aborto é, claramente, uma obsessão ideológica dos seus promotores” e os “argumentos a favor de um novo referendo são muito frágeis e, neste caso, soam a falso” salienta um comunicado da Associação Mulheres em Acção (AMA) em resposta aos defensores do aborto “que têm a falsa intenção de ajudar as mulheres”. A AMA, que tem objecto social lutar contra todas as formas de discriminação entre homens e mulheres, sublinha que “são duas as vítimas da liberalização do aborto: o bebé e a sua mãe”. A mulher é atingida no “mais fundo do seu ser”, do ponto de vista físico e psicológico. E hoje sabemos melhor do que nunca “quão destrutoras e dilacerantes são essas feridas: o síndroma pós-aborto; os riscos acrescidos de contracção do cancro da mama; os riscos de ficar estéril; a escondida insegurança do aborto legal; o envenenamento da intimidade conjugal, da sua afectividade e sexualidade, e da vida familiar”. Portanto, realça o documento, “é ultrajante esta tentativa de instrumentalizar a mulher para promover o aborto”. A intenção genuína não é a preocupação “pela saúde das mulheres e dos seus filhos: toda a gente sabe que os movimentos favoráveis ao “Sim” no último referendo não se mexeram muito, depois disso, – nem antes – para ajudar as mães em situação difícil, ao contrário do que fizeram os movimentos favoráveis à Mulher e à Vida”. A questão do respeito pela vida humana é vital para a conformação da paisagem moral e civilizacional do século XXI: “a legalização do aborto, reconhecendo o direito de alguns a poder violar o fundamental direito à vida de outros, contradiz o ideal democrático e mina as próprias bases do Estado de Direito”. E concluem: “aceitando que se violem os direitos do mais débil”, contribui-se para a “destruição das fibras éticas da sociedade”, para a falta de solidariedade e de respeito pelo outro, para a “violência latente” e para a “banalidade do mal”.

Partilhar:
Scroll to Top