Acompanhados por D. Rui Valério cerca de 200 peregrinos, a pé e a cavalo, ligaram Lisboa à Cova da Iria
Fátima, 22 mar 2019 (Ecclesia) – O bispo da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança afirmou que “é muito importante” a peregrinação a pé ao Santuário de Fátima que terminou hoje como “fonte de renovação, de forças e de estímulo e motivações”.
“O homem não se basta, não se chega a si próprio, necessitamos de manter e conservar esta abertura para o céu de onde recebemos através da graça que vai derramando nos nossos corações. Graça que se transforma em motivação, que se transforma em esperança, em capacidade de fazer face a todas as adversidades”, disse hoje D. Rui Valério em declarações à Agência ECCLESIA.
A peregrinação a pé ao Santuário de Fátima que foi organizada pela Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, através Unidade de Segurança e Honras de Estado da GNR – Guarda Nacional Republicana, começou no dia 19, em Lisboa.
O bispo desta diocese salientou que quando peregrinam à Cova da Iria para “oferecer os louvores e agradecimentos”, levam também “uma prece de pedir à mãe do céu” que “revivifique o coração de cada um com a “potência, força de esperança” de enfrentar as adversidades.
O capelão António Borges Silva assinalou que a fé permite “caminhar para Deus, para o irmão”, para aqueles que estão presentes nos contextos deste peregrinos e se cruzam na sua existência.
Uma iniciativa, acrescentou o sacerdote tenente-coronel da GNR, que permitiu “a ligação com a natureza e a criação”, a ligação com todo o universo uma vez que tiveram presentes na peregrinação “os refugiados, aqueles que estão em campos de missão, os que foram vitimas das tragédias em Moçambique, das tragédias dos acidentes aéreos”.
“Graças a Deus que temos esta visão de servir Portugal mas também a visão universal, do mundo. E sabemos que Deus quer que estejamos prontos para pedir por todos que são amados por Ele e querem a salvação”, acrescentou.
D. Rui Valério realçou que “o mundo está com o olhar voltado para Moçambique”, depois da destruição da passagem do Ciclone Idai há uma semana, e “o povo precisa de uma ajuda” material, de bens alimentares, de tendas, roupa, medicamentos, mas “é necessário transmitir-lhe força da esperança, a força da coragem”.
“O povo de Moçambique está a passar pelo sofrimento mais atroz que pode cair no ser humano. Não é apenas o sentimento de ter perdido o que se tinha, mas é olhar para o amanhã e vermos como que uma parede e um muro, não vemos o horizonte do futuro”, desenvolveu o bispo das Forças Armadas e de Segurança.
O Ordinariato Castrense realça que a peregrinação a Fátima “teve a particularidade” de ser acompanhada por 67 cavaleiros da Guarda Nacional Republicana, aos quais se juntaram militares a cavalo de Espanha, França, Itália, Holanda e Roménia.
“A peregrinação seja para o cavalo, seja para o cavaleiro tem momento de exigência, o sofrimento é partilhado, não haja dúvida que há partilha de esforços, formam uma equipa”, desenvolveu D. Rui Valério.
Esta manhã, no santuário mariano da Cova da Iria, no final da caminhada os peregrinos recitam a oração do Terço na Capelinha das Aparições e, depois, D. Rui Valério presidiu à Eucaristia.
“É um caminho exterior mas sobretudo um caminho interior, de autoconhecimento, de auto-purificação, de sanar muitas feridas das histórias de vida, de encontro consigo e com Deus que nos potencia, projeta e catapulta para horizontes de esperança, expectativas de melhor, de caminho no bem”, referiu o capelão António Borges Silva à Agência ECCLESIA.
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A 13.ª Peregrinação Militar a pé ao Santuário de Fátima, da Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança, começou com uma celebração de Bênção e Envio dos cerca de 200 peregrinos, a pé e a cavalo, na igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, em Lisboa.
LFS/CB
Peregrinação militar: Do prateado do rio Tejo ao dourado do Santuário de Fátima