Padre Fernando Monteiro, da Diocese de Vila Real e capelão militar, afirma que a chegada de D. Sérgio Dinis é uma «oportunidade de fazer novas coisas»
Cidade do Vaticano, 25 jan 2025 (Ecclesia) – O padre Fernando Monteiro, capelão militar, disse à Agência ECCLESIA que as Forças Armadas e as Forças de Segurança fazem com que a “esperança exista nos corações” e a chegada de um novo bispo à diocese traz consigo uma oportunidade de “fazer novas coisas”.
“O novo bispo é sempre uma nova oportunidade de fazer novas coisas. Por isso mesmo, é sempre um momento de esperança. Apesar do D. Rui Valério ter feito muito e continuar a fazer muito pelo Ordinariato, uma nova pessoa, uma nova personalidade, uma nova maneira de pensar, uma nova maneira de agir, é sempre uma nova esperança para o Ordinariato”, afirmou o sacerdote que é chancelar na Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança.
Este domingo, em Vila Real, D. Sérgio Dinis vai ser ordenado bispo numa celebração na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, às 15h30, tendo sido nomeado pelo Papa Francisco para a Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança.
Para o padre Fernando Monteiro, natural da Diocese de Vila Real e capelão militar, “o mundo das Forças Armadas e das Forças de Segurança alimenta a esperança e faz com que a esperança exista no coração dos cidadãos de um país”.
“Eles são o garante da paz, são o garante da justiça, são o garante da lei. E quando a lei e a justiça são garantidas num país, a esperança vive e habita no coração de todos os cidadãos desse país”, sublinhou o sacerdote, que participou em Roma, até hoje, no Jubileu do Mundo das Comunicações, tendo por tema central a esperança.
O padre Fernando Monteiro acrescentou que a presença da assistência religiosa no Ordinariato Castrense ajuda os militares a ir além “das dificuldades que enfrentam, dos momentos adversos que passam”.
“Nós não nos podemos deixar abater e fazer desanimar com as dificuldades que enfrentamos. Nós anunciamos algo para lá, para lá dessas dificuldades que vamos enfrentando ao longo da nossa vida, e de modo especial nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança”, concluiu.
O novo bispo da Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança obteve a Licenciatura em Teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto; obteve ainda a Licenciatura em Direito Canónico na Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha).
Sacerdote desde 17 de julho de 1994, incardinou-se na Diocese de Vila Real, onde iniciou o seu ministério pastoral como secretário do então bispo diocesano, D. Joaquim Gonçalves (1993-1996).
Desde 1996 até hoje foi pároco da Paróquia de Santa Maria Maior, em Murça; a partir de 1998 assumiu também a Paróquia de Nossa Senhora da Anunciação, em Noura.
O novo bispo foi ainda pároco de Santa Maria Madalena, em Candedo; de Nossa Senhora da Purificação, em Fiolhoso (1996-1998); e de São Sebastião, em Pópulo (1996-2014).
O Ordinariato Castrense de Portugal é assim designado a partir de 1986, com a Constituição Apostólica ‘Spirituali Militum Curae’’; 1966 e 2000, tratava-se de um setor pastoral a cargo do patriarca de Lisboa. Através do decreto n.º 387/87, de 17 de março de 2001, João Paulo II decidiu anuir ao pedido formulado pela Conferência Episcopal Portuguesa, separando o múnus do Ordinariato Castrense de Portugal do de patriarca de Lisboa. Pertencem ao Ordinariato Castrense e estão sob a sua jurisdição todos os fiéis militares e também aqueles que, por vínculo da lei civil, se encontram ao serviço das Forças Armadas; são também setores integrantes as Forças de Segurança, ou seja, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública. O Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança foi regulamentado em 2009, na sequência da Concordata assinada entre Portugal e a Santa Sé em 2004, sendo constituído pela Capelania Mor e pelos centros de assistência religiosa da Armada, do Exército, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública. |
O bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto de Azevedo, vai presidir à celebração como bispo ordenante, sendo co-ordenantes o bispo emérito de Leiria-Fátima, cardeal D. António Marto, natural da mesma diocese, e o patriarca de Lisboa e administrador apostólico do Ordinariato Castrense, D. Rui Valério.
OC/PR