Ordenação de um diácono em Viana do Castelo

Os presbíteros são os primeiros responsáveis pela nova evangelização Sem descurar o lugar do laicado e o seu papel insubstituível, D. José Pedreira, durante a ordenação de diácono de Jorge Miguel Esteves, ontem na Sé Catedral de Viana do Castelo, sublinhou que são os presbíteros os primeiros responsáveis da “nova evangelização” do terceiro Milénio. No arranque da “Semana de Oração pelas Vocações Consagradas”, a Diocese de Viana do Castelo passa a contar com mais um «membro qualificado» para que possa melhor cumprir a missão de «dar alegre testemunho de Cristo vivo». Esta nova evangelização que diz respeito a todo o povo de Deus e postula um novo ardor, novos métodos e novas formas de expressão no anúncio e no testemunho do Evangelho, frisou o Prelado, «exige sacerdotes radical e integralmente imersos no mistério de Cristo, e capazes de realizar um novo estilo de vida pastoral». Os presbíteros, porque «não são, nem querem ser» funcionários ou mercenários, «têm necessidade de alimentar em si mesmos uma vida que seja pura transparência da sua própria identidade de servidores da Igreja e de viver em união de amor com Jesus Cristo». Necessitam de «disponibilidade e o compromisso pessoal em ordem a uma formação permanente e completa», «absolutamente indispensável no campo do “ser” (ser padre) e do “saber ser”, para fazermos reflectir essa formação no campo do “saber fazer” ou no desempenho da missão que um dias nos é confiada, sublinhou no Bispo de Viana do Castelo. Dada a sua incidência na vida do sacerdote é necessário criar um «espírito de comunhão», em toda a Igreja, ela mesma mistério de comunhão, no presbitério diocesano e na vida cristã das nossas comunidades. Aludindo à progressiva secularização da cultura dominante dos meios ambientes para os quais os sacerdotes são enviados a exercer o ministério, D. José Pedreira sublinhou a complexidade e as acrescidas dificuldades, salientando igualmente o «estimulante desafio», na «certeza de que a nossa acção de sacerdotes e diáconos é hoje mais necessária do que nunca». «Somos enviados a levar à sociedade, aos nossos contemporâneos, aqueles bens de que eles mais carecem e necessitam, os bens espirituais. Sem eles, não é possível estruturar um projecto de vida que valha a pena ser vivido», sustentou o Bispo Diocesano. Como nota distintiva da identidade de presbíteros na Igreja apontou a presença no meio do povo, «solidários com todas as suas esperanças e angústias, dispostos a carregar a parte que nos toca da cruz das sua vidas, sinais transparentes da esperança», sublinhando que é marca de diferença e mais valia no seio do povo de Deus. No início desta semana de Oração pelas Vocações, o Bispo de Viana sublinhou que a alguns Deus concedeu maior generosidade de coração para que O seguissem mais de perto, na radicalidade de entrega de vida e de serviço aos seus irmãos. «Na sua ternura divina, revelou-lhes que os vocacionou para uma consagração total, no desprendimento dos bens materiais, na prática do celibato e na obediência a um projecto de vida traçado por alguém que representa o mesmo Cristo Senhor, a Igreja». Dirigindo-se ao novo diácono da diocese de Viana do Castelo, exortou-o ser «servidor da Eucaristia», a fazer dela o «alimento quotidiano» e a «levar esta mensagem de amor e felicidade a todos aqueles» que com ele se cruzem nos caminhos da vida. Paulo Gomes

Partilhar:
Scroll to Top