Orçamento 2013: Presidente da Cáritas critica novo aumento de impostos

Eugénio Fonseca esperava recuo do Governo e alerta para consequências das medidas previstas

Lisboa, 16 out 2012 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa criticou hoje o aumento de impostos previsto pelo Governo na proposta de orçamento para 2013, mostrando-se “surpreendido” com a falta de resposta do executivo às interpelações da sociedade.

“As pessoas não podem mais suportar impostos: este orçamento fundamenta-se, sobretudo, em onerar a carga fiscal e não vai, como era desejável, às despesas – àquelas que foram tão propaladas – que são inúteis e estão a alimentar uma máquina do Estado ineficaz”, refere Eugénio Fonseca, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O responsável nacional pela organização católica de solidariedade e ajuda humanitária confessa que esperava um “reajustamento do orçamento” depois de se terem levantado “vozes bastante credíveis contra este e as consequências que ele poderá vir a ter na vida dos portugueses”.

“Só nos resta aguardar, agora, ao que se irá passar no Parlamento”, acrescenta.

O Governo entregou esta segunda-feira na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado de 2013, que prevê um aumento dos impostos, incluindo uma sobretaxa de 4% em sede de IRS.

“Fiquei surpreendido”, refere o presidente da Cáritas, para quem “os efeitos previsíveis não são aqueles – segundo os peritos – que o Governo anuncia”.

Eugénio Fonseca considera que houve pressa ao “anunciar ao país” algumas das medidas em causa e que os “clamores” que se levantaram depois justificariam um “recuo significativo” do Executivo de coligação.

O Orçamento de Estado (OE)  vai ser votado na generalidade no final de dois dias de debate, a 30 e 31 de outubro; a votação final está agendada para 27 de novembro, na Assembleia da República.

A entrevista de Eugénio Fonseca vai ser publicada na próxima edição do Semanário Agência ECCLESIA, dedicado ao OE 2013.

LFS/OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top