A Oratória “Fátima, sinal de esperança para a humanidade”, estreada a 13 de Outubro de 2007, continuará em digressão nos próximos meses: 12 de Janeiro, na Sé Nova de Coimbra; 13 de Janeiro, na Igreja Paroquial de Mangualde e 9 de Março, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. Pensada inicialmente para encerrar as celebrações dos 90 anos das Aparições de Fátima, esta peça musical tem como compositor o Pe. António Cartageno e director musical Mário Nascimento. O compositor afirmou ao Serviço de Imprensa do santuário que “Desejo que esta obra, sempre que for apresentada, seja um grande momento de difusão da mensagem de Fátima; que as palavras e a música com que as revesti toquem realmente o coração das pessoas e as ajudem a encontrar-se com Deus”. 75 minutos de grande intensidade espiritual Entrevista do coordenador do Secretariado dos 90 anos das Aparições, Pe. Armindo Janeiro. Com que sentimento tem recebido a informação deste interesse pela repetição da oratória em diferentes pontos do país e nas mais diversas iniciativas? Pe. Armindo Janeiro – É com agrado que vejo o trabalho do compositor, P. Cartageno, ser reconhecido e apreciado. De facto, a obra composta para o encerramento das celebrações do 90.º aniversário das Aparições e a inauguração da nova igreja dedicada à Santíssima Trindade, tem uma beleza própria que merece ser apreciada! O Compositor conseguiu, com arte e com alma, oferecer, a todos nós, 75 minutos de grande intensidade espiritual, que nos ajudam a contemplar a acção de Deus na História. Esta criação do P. Cartageno leva-nos a meditar no amor misericordioso de Deus Pai que nunca abandona os homens à sua sorte, por mais errados que sejam os seus caminhos! Fátima é sinal do compromisso de Deus com a Humanidade. Depois, é também recompensa para o imenso esforço não só do compositor mas também de todos os intervenientes, sobretudo dos coros, que a prepararam durante muitos meses… Este propósito de, também através desta forma de arte, se fazer chegar a mensagem de Fátima a um maior número de pessoas é evangelizador? A Igreja poderia/deveria ter mais iniciativas como esta? Pe. Armindo Janeiro – É, sem dúvida, uma forma de evangelização e divulgação da Mensagem de Fátima à qual se deveria recorrer mais vezes. Contudo, sabemos que não é fácil, pois o projecto exige muitos recursos e implica muitas boas vontades. Mas, estou certo que, com tempo e organização, se poderiam reunir os meios necessários para se criarem mais obras deste género. Depois, a evangelização precisa de propostas com grande densidade espiritual e cultural para que possam ser significativas aos olhos dos nossos contemporâneos. Se à mensagem soubermos juntar a arte de dizer e a beleza no comunicar, então teremos mais possibilidades de nos fazermos entender e, desse modo, prestar um serviço de qualidade aos interessados. A estes, por seu lado, tornar-se-á mais fácil reconhecer a bondade das nossas propostas e a sua validade para as suas vidas. O Santuário de Fátima tem percorrido este caminho! Esperamos que o continue a fazer! Em termos práticos, tem sido fácil coordenar todas as centenas de pessoas envolvidas no projecto? Pe. Armindo Janeiro – De facto, é exigente, não só para quem organiza, mas também para quantos participam no projecto: todos temos que nos adaptar um pouco, de outro modo, seria impraticável. Mas como esse espírito de colaboração sempre existiu, a nossa tarefa tornou-se mais simples. Depois, todas as dificuldades são vistas em função do resultado final: chegar a oferecer a muitas centenas ou milhares de pessoas uma oportunidade para escutar esta obra musical e ver os intervenientes felizes por participarem neste projecto. Atingimos assim um duplo objectivo: por um lado, vemos a Mensagem de Fátima inspirar obras músicas de inegável valor, por outro sentimos que a arte permite a muitos aproximar-se e meditar na mensagem de Esperança que brota dos acontecimentos de Fátima. Por fim, é motivo de alegria saber que estão já agendadas três novas audições e que outros estudam a possibilidade de o fazer também!