Representante da Santa Sé falou perante o Comité das Nações Unidas contra a Tortura
Genebra, Suíça, 05 mai 2014 (Ecclesia) – O chefe da delegação da Santa Sé junto do Comité das Nações Unidas contra a Tortura disse hoje em Genebra, Suíça, que a Igreja Católica tem combatido e feito diminuir os casos de abusos sexuais de menores.
D. Silvano Tomasi falava após ter apresentado o primeiro relatório da Santa Sé nesta matéria, numa sessão de trabalhos marcada pelas questões sobre a ação do Vaticano face à questão da pedofilia.
Em declarações à Rádio Vaticano, o arcebispo italiano manifestou a intenção de esclarecer as questões relativas à “responsabilidade da Santa Sé”, tanto na aplicação da Convenção contra a tortura como nos crimes cometidos contra menores por parte de pessoal da Igreja.
“Acima de tudo, é preciso não fossilizar no passado, mas ter em conta as medidas tomadas nos últimos dez anos, tanto pela Santa Sé como pelas conferências episcopais, para prevenir abusos sexuais sobre menores e ajudar as vítimas”, disse.
Segundo este responsável, é preciso fazer uma “distinção jurídica importante”, em relação à responsabilidade legal da Santa Sé e o seu “papel moral” face a todos os que se assumem como católicos.
Durante a intervenção perante o comité, D. Silvano Tomasi deixou votos de que a aplicação da Convenção contra a Tortura, subscrita pelo Vaticano, se mantenha no “âmbito da sua área específica”, para não esquecer “as situações dos que são abusados e torturados” em todo o mundo.
Após a apresentação do relatório, a Santa Sé vai responder esta terça-feira às questões levantadas durante a 52ª sessão do Comité das Nações Unidas sobre a Convenção contra a Tortura.
RV/OC