Intervenção acontece um mês antes da passagem do Papa por Nagasáqui e Hiroxima
Lisboa, 24 out 2019 (Ecclesia) – O observador permanente do Vaticano na ONU apelou ao desarmamento nuclear e ao respeito pelos tratados internacionais neste campo, numa intervenção durante a 74ª sessão da Assembleia Geral, que decorre em Nova Iorque.
“A humanidade tem a responsabilidade de proteger a Terra, a nossa Casa comum da força destruidora das armas nucleares. Os Estados não devem poupar esforços para eliminar as armas nucleares e o desarmamento geral e completo, a fim de que a família humana possa experimentar os frutos da paz”, assinalou D. Bernardito Auza, numa intervenção divulgada hoje pela Santa Sé.
O arcebispo destacou que os acordos de desarmamento são “vitais” para a proteção da humanidade, apresentando como objetivo um “mundo sem armas nucleares”.
“Vivemos tempos tumultuosos e talvez não haja ameaças mais graves do que as encontradas no campo do desarmamento nuclear. Os tratados são revogados e violados, o sistema de controlo de armamentos enfraqueceu mais do que antes”, alertou o representante do Vaticano.
D. Bernardito Auza recordou que a própria Santa Sé ratificou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e, mais recentemente, o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares.
A próxima viagem internacional do Papa Francisco, que decorre entre 19 a 26 de novembro, com passagens pela Tailândia e Japão, inclui uma visita às localidades de Nagasáqui e Hiroxima, atingidas por bombas atómicas na II Guerra Mundial, para rezar pela paz e desarmamento nuclear.
OC