Representante da Santa Sé em Genebra propôs a criação de ajudas económicas, fiscais e de emprego
Genébra, 12 jun 2018 (Ecclesia) – O Vaticano participou num seminário organizado na sede da ONU em Genebra, sobre o papel das famílias no apoio às populações mais mais idosas, e salientou a urgência de contrariar a atual cultura do descartável que domina a sociedade e ameaça a importante herança que representam os mais velhos.
“Só uma sociedade saudável e equilibrada pode assegurar um ambiente mais propício para as gerações mais velhas que, por sua vez, se poderão tornar também os primeiros agentes de desenvolvimento para todos”, frisou o observador permanente da Santa Sé em Genebra, D. Ivan Jurkovic.
Num depoimento enviado hoje à Agência ECCLESIA, o arcebispo esloveno apontou a necessidade dos governos dos países apoiarem mais as famílias na sua missão, de cuidar dos mais idosos.
Quer com a implementação de “incentivos económicos, de apoios fiscais e de emprego”, quer também ao nível da “formação” em áreas de saúde como a geriatria ou a fisioterapia.
Tendo também “em conta o beneficio que representa para a sociedade serem as próprias famílias a prestarem esse apoio aos seus idosos”, realçou D. Ivan Jurkovic.
Na sua exposição, o representante do Vaticano realçou ainda as gerações mais idosas como um “tesouro a preservar”, por todo o conhecimento e experiência que podem passar aos mais novos.
Pediu ainda maior solidariedade entre novos e velhos e convidou a rejeitar uma noção de família já não assente no pilar da “razão humana e do amor”, mas em “necessidades psicológicas”, como se tratasse de uma “mera satisfação emocional”.
“Uma sociedade assente apenas em necessidades irá tornar-se inevitavelmente numa sociedade egoísta, que certamente não é um tipo de ambiente propício a acolher e proteger a vida, especialmente quando esta é mais debilitada, como no caso dos mais idosos”, sustentou D. Ivan Jurkovic.
JCP