Lisboa, 27 out 2014 (Ecclesia) – O relator especial da Organização das Nações Unidas para a Liberdade Religiosa diz que a manifestação da religião sem discriminação tem de ser salvaguardada também no ambiente de trabalho.
Num relatório apresentado junto da Assembleia Geral da ONU, divulgado hoje pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, Heiner Bielefeldt “apela a todos os governos para tomarem as medidas necessárias para a prevenção e eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação baseadas na religião”.
“Nos contratos públicos e privados ainda encontramos hoje diretrizes laborais que de alguma forma limitam os trabalhadores nas suas crenças e manifestações religiosas”, aponta aquele responsável.
O relatório refere que a discriminação e intolerância no local de trabalho abrangem também “a relação entre empregadores, entre empregados e clientes, interpretações restritivas da identidade empresarial ou um receio generalizado face à diversidade religiosa.
Incentiva ainda os Governos e as instituições públicas a “darem o exemplo” no respeito pela defesa da liberdade religiosa no local de trabalho.
“As boas práticas nesta área deveria servir de modelo a seguir no setor privado e em outras áreas sociais”, salienta Heiner Bielefeldt.
Aquele responsável exorta os empregadores a “privilegiarem um ambiente de confiança e respeito” no diálogo com os seus trabalhadores, para que todos, “incluindo os que estejam ligados a minorias religiosas”, possam “partilhar os seus problemas e discutir as suas necessidades de uma forma aberta”.
Deixa ainda um conjunto de conceitos e recomendações práticas para ajudar a encontrar “soluções individuais apropriadas” para cada caso no local de trabalho, sobretudo para os que envolvem as minorias.
AIS/JCP