O Conselho de Direitos Humanos da ONU dedidou a sua primiera sessão do ano a uma reflexão acerca do relatório sobre a situação em Darfur. A ONU acusa o governo de Cartum de participar “em crimes de guerra”. Ao longo de um documento de 35 páginas, a missão conclui que “a situação dos direitos humanos no Darfur é muito grave e as necessidades são profundas”. “A situação caracteriza-se por violações sistemáticas e muito graves dos direitos humanos e de enormes incumprimentos da legislação internacional”, indica o documento. Quatro anos de conflito em Darfur causaram 200 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu esta segunda feira aos países que cooperem com o Conselho de Direitos Humanos (CDH), após o problema suscitado pelo Sudão ao impedir a entrada de uma missão que deveria investigar a situação em Darfur. O CDH inaugurou nesta segunda feira a sua primeira sessão do ano, com a presença de ministros de mais de meia centena de países, que vão discursar até ao fim do dia de amanhã, dando depois lugar aos debates de fundo. A crise de Darfur e a recusa do governo do Sudão em colaborar com uma missão enviada pela ONU a essa região sudanesa para avaliar a situação dos direitos humanos, rejeitando um visto aos seus membros, será um dos assuntos em discussão nestas sessões. A inauguração do CDH coincidiu com a divulgação do relatório elaborado pela missão – com informação recolhida a partir de países vizinhos – sobre a situação em Darfur, em que o governo de Cartum é acusado de ter “participado em crimes de guerra e contra a humanidade” na zona. Por seu turno, a União Europeia anunciou que dará uma atenção particular ao caso de Darfur e trabalhará para que se apliquem as recomendações da missão da ONU, que pede à comunidade internacional que proteja os civis dos crimes de guerra e contra a humanidade “cometidos e orquestrados” pelo governo sudanês. Com Rádio Vaticano