ONU: Ban Ki-moon sublinha liderança «moral» do Papa

Secretário-geral das Nações Unidas vai receber Francisco em Nova Iorque

Cidade do Vaticano, 25 set 2015 (Ecclesia) – O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, confessou a sua expetativa pela visita que o Papa vai fazer hoje à sede da ONU, em Nova Iorque, elogiando a liderança “moral” de Francisco a nível global.

“[O Papa Francisco] é um homem de humildade e humanidade, é um homem de voz moral”, disse à Rádio Vaticano.

Ban Ki-moon falou numa “grande expetativa” em relação à visita papal, a quarta da história, falando numa “liderança de paz e humanidade” por parte do pontífice argentino.

O secretário-geral da ONU recordou, a este respeito, a atual crise de refugiados na Europa e pediu que os líderes do Velho Continente “façam mais” em função da “gravidade e da dimensão” do problema.

“Temos de mostrar compaixão a estas pessoas”, apelou.

Em relação à guerra na Síria e aos conflitos no Médio Oriente, o responsável sustentou que não pode haver discriminação “com base em critérios de religião ou etnia”, considerando “totalmente inaceitável” qualquer perseguição religiosa.

O Papa vai discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, no contexto da viagemde Francisco aos Estados Unidos da América, que se iniciou esta terça-feira, após uma passagem por Cuba.

Francisco vai tornar-se o quarto Papa a discursar na sede da ONU, depois de Paulo VI (1965), João Paulo II (1979 e 1995) e Bento XVI (2008).

D. Bernardito Auza, observador permanente da Santa Sé, disse à Rádio Vaticano que “a visita do Papa é histórica”, contando com a participação de muitos chefes de Estado e de Governo, que vieram para o encontro sobre o desenvolvimento sustentável pós-2015.

O diplomata do Vaticano espera que Francisco “deixe marcas profundas no seio da ONU sobre as grandes questões de hoje, sobretudo na questão da segurança internacional”.

“Basta pensar na Síria, no Iraque, todas essas pessoas em movimento através dos desertos, os mares perigosos, esse é o cerne da questão. A expectativa da Assembleia é também de que deixe marcas profundas sobre a questão das relações entre pobreza, justiça social e ambiente, coração da [encíclica] ‘Laudato si’”, concluiu.

OC

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Agência ECCLESIA

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