Oikos lança campanha de solidariedade para o Líbano

A Oikos – Cooperação e desenvolvimento está empenhada na ajuda à população libanesa. Recentemente o Director Executivo desta organização não governamental esteve no Líbano, na região Sul, mais afectada pelo conflito, para fazer o reconhecimento do país e relata à Agência ECCLESIA que encontrou. “Constatei uma grande destruição de infra-estrutura habitacional e de suporte a nível de energia, água, combustível, vias de comunicação” recorda João José Fernandes. “As infra-estruturas sociais como escolas e hospitais também se encontram destruídos. E uma grande dificuldade de subsistência.” Recorda que os pequenos agricultores, já por si muito vulneráveis mantêm pequenos campos dependendo de três ou quatro cultivos de rendimento: o azeite, os citrinos, a banana e o tabaco. Os agricultores de tabaco são os mais pobres e ao abandonarem os campos devido aos bombardeamentos deixaram também de fazer o cultivo deste ano. Muitos perderam esta produção o que os deixa numa situação incapaz de honrar os compromissos com a banca, uma vez que muitos dependem deste financiamento para continuar a produção. “Aproxima-se num ciclo de pobreza” salienta João Fernandes. Outros pequenos negócios como oficinas de automóveis, lojas de pequeno comércio estão destruídas ou incapacitadas de funcionar. “Mesmo as que estão abertas não têm forma de subsistir porque o poder de compra está muito reduzido” conta. Assim, a prioridade da Oikos tem como objectivo na ajuda ao Líbano, a criação um projecto de auto emprego e reactivar as economia das famílias mais vulneráveis através de incentivos à criação de emprego, micro crédito, assistência técnica aos pequenos agricultores, e até reabilitação social ao nível de infra-estruturas de irrigação, ou construção de escolas, sistemas de água e saneamento. “Encontrámos um parceiro local, a Associação para o Desenvolvimento Rural das Capacidades, que é uma organização libanesa, sediada no Sul do Líbano, muito credível, independente dos vários actores políticos” que disponibilizou vários técnicos e se encontra a fazer o diagnóstico ao nível das famílias. Por isso por enquanto “não há necessidade de haver nenhum português no local, até porque é necessário dominar a língua, facto que ainda não conseguimos.” A Oikos adquiriu experiência noutros países, nomeadamente no pós guerra em Moçambique e em Angola “temos técnicos capacitados que irão para o terreno assim que o projecto arrancar” afirma o director executivo. O desenvolvimento do projecto está também dependente da campanha “Emergência Líbano” que lançaram recentemente, para angariação de fundos. “Estamos a dirigir esta campanha não só a pessoas individuais mas também a instituições que possam ajudar na divulgação”, nomeadamente paróquias, algumas instituições religiosas e câmaras municipais. “Estamos a preparar também uma proposta para a Comissão Europeia para que de entre a sociedade civil e a Comissão possamos ter os recursos necessários, que segundo a estimativa rondam o milhão de euros a despender nos próximos 9 meses” conta João Fernandes. Para mais informações consultar www.oikos.pt/libano

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