Preocupações sociais foram marca do bispo emérito
Lisboa, 24 set 2017 (Ecclesia) – O presidente da Assembleia da República manifestou hoje “enorme tristeza” pelo falecimento de D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, saudando o seu compromisso nas causas sociais.
“Conheci Dom Manuel Martins e pude comprovar as preocupações sociais que sempre exprimiu, o seu inconformismo permanente na luta contra a pobreza e a sua solidariedade”, refere Eduardo Ferro Rodrigues, numa mensagem de pesar publicada no site do Parlamento português.
O responsável fala em particular da entrega, pessoal, do projeto do que mais tarde viria a ser o Rendimento Mínimo Garantido.
“À família e amigos de Dom Manuel Martins quero expressar os meus profundos sentimentos e a minha solidariedade a um homem bom que sempre foi solidário”, conclui Ferro Rodrigues.
D. Manuel Martins foi o primeiro bispo nomeado para a então recém-criada Diocese de Setúbal, onde iniciou o seu ministério episcopal no dia 26 de outubro de 1975.
O falecido bispo nasceu a 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, concelho de Matosinhos; foi ordenado sacerdote em 1951, após a formação nos seminários do Porto, seguindo-se a frequência do curso de Direito Canónico na Universidade Gregoriana, em Roma.
Pároco da Cedofeita, no Porto, entre 1960 e 1969, D. Manuel Martins foi nomeado vigário-geral da diocese nortenha em 1969, antes de seguir para Setúbal.
No dia 23 de abril de 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo.
O bispo emérito foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo, durante as comemorações do 10 de junho de 2007, em Setúbal, e com o galardão dos Direitos Humanos da Assembleia da República, a 10 de dezembro de 2008.
OC