O Verbo nos vitrais da Sé de Vila Real Com o tema «O Verbo», foram apresentados, oficialmente, dia 3 de Abril, os vitrais da Sé de Vila Real, “que se coadunam muito bem com a Igreja, que é de S. Domingos, e com a raiz dominicana” – disse à Agência ECCLESIA D. Joaquim Gonçalves, bispo de Vila Real, a propósito desta inauguração, que teve a presença do Ministro da Cultura, Pedro Roseta, do Presidente do IPPAR, Luis Calado, o pintor João Vieira, autor da obra de arte e o prelado de Vila Real. Uma harmonia perfeita com “a Igreja do Concílio Vaticano II” e onde a linguagem artística “é estranha” porque é expressa “através de letras”- afirma D. Joaquim Gonçalves. Os vitrais “não têm nenhuma figura humana nem figuras bíblicas” e por isso causa “estranheza”. Um género diferente do tradicional que, para além de dois pequenos espaços “na fachada principal com o clássico anagrama de Cristo (X e P sobrepostos), todas as outras janelas evitam as figuras humanas e os símbolos oficiais da fé”. Uma obra de arte onde o “cromatismo é muito bonito” – realça o prelado de Vila Real. Uma conjugação de arte moderna com o tradicional que “enquadra bem derivado ao cromatismo variado” exprimido “em letras”. Na rosácea principal, sobre a porta de entrada, “encontramos: Eu sou o Alfa e o Omega, o principio e o fim” e no centro estas “duas letras”. Uma técnica que utiliza vidros sobrepostos e a respectiva “fusão conforme as cores” que são aplicados, “não em calhas de chumbo, mas sim, em aço inoxidável”. Com os vitrais a Sé de Vila Real fica “mais recolhida” e quando existe um dia de Sol “a Sé parece que se levanta”. Subtilezas “artísticas” – finaliza.