Os Cursos de Cristandade representaram um “poderoso instrumento de Deus para a recristianização desta região alentejana e ribatejana em que a Igreja eborense está plantada” – palavras do Arcebispo de Évora, na última Ultreia diocesana, realizada em Vila Viçosa. Esta actividade do Movimento dos Cursilhos de Cristandade – decorreu a 9 de Dezembro – serviu também para homenagear o pastor da diocese alentejana. Em declarações à Agência ECCLESIA, Orlando Silva, responsável deste movimento naquele território eclesial realçou que, ao longo destes 26 anos, “D. Maurílio de Gouveia fez um trabalho magnífico”. E acrescenta: “quando ele chegou, os homens praticamente não entravam na Igreja”. Um trabalho pastoral “benéfico” para a diocese de Évora visto que os homens, “devido à política de então, levavam as esposas mas não entravam” – referiu o responsável. Actualmente, a situação é diferente porque o pastor “visitou a diocese toda várias vezes”. O contacto com o povo revelou-se de “extrema importância para cativar os homens”. O Movimento foi uma “dádiva grande” concedida à sua Igreja nos meados do século XX. E, embora tenha sido por Eduardo Bonin e seus companheiros uma década antes do Concílio Vaticano II, “pode considerar-se como fazendo já parte daquele despontar de numerosos movimentos laicais que têm contribuído para fazer do nosso tempo uma verdadeira primavera da História da Igreja” – disse D. Maurílio de Gouveia aos presentes. Durante os três dias do curso, os participantes “encontram-se com Jesus Cristo e recebem uma espécie de «choque»” – sublinha o Orlando Silva. Depois deste anúncio, os cursistas tornam-se “evangelizadores no seu meio ambiente” – acrescentou. “Alguns milhares de homens e mulheres, de todas as condições sociais, das cidades, vilas e aldeias tiveram a graça de participar num Curso de Cristandade, fazendo a experiência extraordinária de um encontro pessoal com um Cristo vivo, Deus e homem, com um rosto amigo e uma força redentora” – completa o Arcebispo de Évora. Feitos os primeiros encontros, “as Ultreias servem para os grupos se encontrarem e testemunharem a sua vida” – afirma o responsável. “Os horizontes que se abrem são horizontes de esperança” – realçou o prelado de Évora aos presentes. Vindos dos mais variados pontos da diocese, D. Maurílio de Gouveia mostrou “sempre uma palavra amiga para os alentejanos”. Uma homenagem “praticamente de despedida” visto que “ele disse que no próximo mês de Janeiro sairá da diocese” – frisou Orlando Silva. E completa: “apesar de madeirense já se sente alentejano”. Notícias relacionadas •A missão evangelizadora dos Cursos de Cristandade