João Paulo II exigiu ontem um maior compromisso por parte da Igreja e da comunidade internacional em favor dos refugiados. “Não nos esqueçamos dos nossos irmãos refugiados!” exortou antes da oração do Angelus, no Dia Mundial do Refugiado. Após recordar que o lema deste dia no ano 2004 foi “Encontrar um lar – Recomeçando em condições de segurança e dignidade”, o Papa assegurou que “todas as pessoas têm necessidade de um ambiente seguro para viver”. “Os refugiados aspiram a isto, mas em vários países do mundo milhões de pessoas continuam a viver em campos de acolhimento ou com limitações no exercício dos seus direitos”, recordou. O líder da Igreja Católica manifesto o seu apreço a todos os que na Igreja se comprometem nesta luta e pediu “um renovado compromisso da comunidade internacional para que se eliminem as causas deste doloroso fenómeno”. O alto comissariado da ONU para os refugiados (ACNUR) prestava assistência, no final de 2003, a 17,1 milhões de refugiados no mundo. Os cinco principais países de asilo em 2003 foram o Paquistão (1,1 milhão), Irão (985.000), Alemanha (960.000), Tanzânia (650.000), e Estados Unidos da América (452.500).