João Paulo II lembrou que não se devem economizar esforços “para chegar ao sonho possível de um mundo livre das minas anti-pessoais”. O Papa transmitiu a sua satisfação às autoridades da Colômbia pela destruição, no passado Domingo, das últimas 6.814 minas terrestres armazenadas pela Força Pública colombiana em aplicação da Convenção de Ottawa de 1997 sobre a proibição da utilização, armazenagem, produção e transferência de minas anti-pessoais e sobre a sua destruição. Em nome do Papa, o Cardeal Angelo Sodano – Secretário de Estado do Vaticano – manifestou “o apreço da Santa Sé pela Jornada de sensibilização da opinião pública contra o uso das minas”. “Estas acções, como o Papa assinalou, representam uma vitória da cultura da vida sobre a cultura da morte e, quando forem levadas eficazmente a cabo, as pessoas não terão que temer as ameaças de destruição e morte que as minas terrestres supõem”, afirma o Cardeal. “João Paulo II acompanhou com grande interesse o processo político internacional que produziu importantes resultados em vista da eliminação total destas armas terríveis, que matam, mutilam ou ferem de maneira indiscriminada as populações e impedem o desenvolvimento das zonas deterioradas pelos conflitos”, refere D. Sodano, na sua carta. Como prova desse interesse, o Cardeal recorda a participação da Santa Sé na redacção e aplicação da Convenção sobre a proibição de minas terrestres e a ratificação deste instrumento jurídico, a 4 de Dezembro de 1997. “Aproveitando a oportunidade, a Santa Sé deseja chamar a atenção sobre os princípios humanitários chamados a salvaguardar a vida e a dignidade da pessoa humana e «obre a importância da assistência para o cuidado e reabilitação das vítimas e sua posterior integração social e económica. De acordo com o Cardeal Sodano, a jornada de sensibilização promovida pelas autoridades colombianas chega «num momento especialmente oportuno, já que de 29 de Novembro a 3 de Dezembro se celebrará em Nairobi a I Conferência de exame da Convenção de Ottawa, “com o objectivo de reforçar e dar um novo impulso ao processo de luta contra as minas terrestres”.