João Paulo II manifestou-se grato e surpreendido pela rodagem de um filme sobre a sua vida e deixou mudo o actor polaco que o representa no filme “Karol, a história de um homem que se tornou Papa”. O produtor do filme declarou à revista italiana “Sorrisi e Canzoni” que ao saber que estava a ser feito um filme sobre sua vida, o Papa disse: “estão loucos ao fazer um filme sobre mim. Mas o que é o que fiz para isso?”. “Karol, a história de um homem que se tornou Papa”, é uma produção conjunta de Itália e Polónia que no próximo ano levará às televisão a história do João Paulo II antes do seu Pontificado. Em Setembro começou rodagem do filme, cuja personagem principal será desempenhada por Piotr Adamczyk, um actor polaco de 32 anos, sob a direcção do realizador italiano Giacomo Battiato. A equipa de produção gravou as primeiras cenas no sul da Polónia, onde o actual Papa cresceu e começou a sua vida religiosa. O argumento é uma adaptação do relato histórico realizado pelo escritor italiano Gian Franco Svidercoschi. A primeira parte decorre na II Guerra Mundial, enquanto que o cenário da outra será a Polónia do pós-guerra. Marcinkiewicz informou que a maior parte do filme será filmado na Polónia, mas também haverá cenas no Vaticano. A banda sonora é da responsabilidade do compositor italiano Ennio Morricone. O filme será projectado em dois episódios, cada qual com 100 minutos, no Canal 5, do grupo Mediaset de Berlusconi. Piotr Adamczyk confessou que “quando soube que o Papa me receberia fiquei muito emocionado, mas ao mesmo tempo estava preocupadíssimo porque não sabia o que lhe dizer”. “Interpretando a sua vida, tinha tantas coisas que lhe perguntar mas quando seu secretário me apresentou ao Papa pela primeira vez esqueci o texto”, declarou o actor à revista italiana, que hoje publica uma ampla reportagem sobre o encontro. Adamczyk disse ainda estar preocupado com o que João Paulo II pensará do filme e da sua interpretação, já que o Papa foi actor e comediante na sua juventude. “Não é fácil interpretar um homem diante do qual todos perdem a voz ,como aconteceu comigo no Vaticano”, indicou.
