O nosso mundo no nosso quintal

Paulo Rocha, Agência Ecclesia

10 mil chegam dali, 50 mil de acolá; 70 mil ficam aqui, 30 mil acolá… São milhares os jovens que chegam a Portugal, nestes dias… E espalham-se por todo o país! São participantes na Jornada Mundial da Juventude, desde a primeira hora, os Dias nas Dioceses que possibilita um tempo de conhecimento de culturas, tradições, hábitos que são vida e vivências religiosas que lhe dão sentido, em todas as regiões do país. É essa a proposta para estes dias, entre 26 e 31 de julho.

Depois, entre os dias 1 e 6 de agosto, o encontro mundial de jovens com o Papa Francisco vai acontecer em Lisboa, entre muitas propostas de peregrinação, sejam as que transportam cada grupo até ao local da JMJ Lisboa 2023, como as que cada um faz entre locais de descanso, concertos, diálogos ou exposições e sobretudo a peregrinação que tem em Lisboa uma etapa, apenas…

Desde há meses (anos mesmos) que encontro sobretudo na palavra “participação” o sentido para o que acontece na JMJ Lisboa 2023, que Portugal quis organizar. E esta palavra explica o apelo do Papa dirigido a todos os jovens para que não fiquem na janela, nas bancadas, a ver o mundo passar diante dos seus olhos.

Como em qualquer projeto ou acontecimento, antes de tecer qualquer consideração sobre impressões ou perceções, é preciso conhecer, envolver-se, participar. E ainda mais quando em causa está um encontro que tem no seu histórico uma dimensão inigualável mundialmente e com tantas repercussões pessoais e institucionais. Participar é, assim, a condição para conhecer, criar proximidade com o que acontece, com um fenómeno relacionado com um aglomerado juvenil incomparável, com transformações que não são visíveis e nem sempre percetíveis.

Mais do que números, a JMJ Lisboa 2023 é cada pessoa, cada participante e a sua história e a Pessoa de referência para rapazes e raparigas, para todo o mundo que habita, nestes dias, o nosso quintal.

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