«O nome mais belo de Maria»

Sublinhou Bento XVI no Angelus da Solenidade da Imaculada Conceição “Maria não só nunca cometeu nenhum pecado, mas foi até mesmo preservada daquela herança comum do género humano que é a culpa original. E isto devido à missão à qual desde sempre Deus a destinou: ser a Mãe do Redentor. Tudo isto está contido na verdade de fé da “Imaculada Conceição”. O fundamento bíblico deste dogma encontra-se nas palavras que o Anjo dirigiu à jovem de Nazaré: “Alegra-te, ó cheia-de-graça, o Senhor é contigo”. “Cheia de graça” – no original grego kecharitomene – é o mais belo nome de Maria, nome que lhe deu o próprio Deus, para indicar que é desde sempre e para sempre a amada, a eleita, a escolhida para acolher o dom mais precioso, Jesus, “o amor incarnado de Deus”. Mas “por que é que Deus, de entre todas as mulheres, escolheu precisamente Maria de Nazaré” – interrogou-se o Papa. Embora a resposta se encontre “escondida no insondável mistério da vontade divina”, há “contudo uma razão que o Evangelho põe em evidência: a sua humildade”. “Di-lo a própria Virgem no “Magnificat”, o seu cântico de louvor: “A minha alma glorifica o Senhor… porque olhou para a humildade da sua serva”. “Sim, Deus foi atraído pela humildade de Maria, que encontrou graça aos Seus olhos. Foi assim que ela se tornou a Mãe de Deus, imagem e modelo da Igreja, eleita de entre os povos para receber a bênção do Senhor e difundi-la sobre toda a família humana. Esta “bênção” mais não é do que Jesus Cristo. É Ele a Fonte da graça, de que Maria foi cumulada desde o primeiro instante da sua existência. Com fé acolheu Jesus e com amor O deu ao mundo. Esta é também a nossa vocação e a nossa missão, a vocação e a missão da Igreja: acolher Cristo na nossa vida e dá-Lo ao mundo, “para que por meio d’Ele o mundo se salve”.

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