O negativismo da Comunicação Social em relação à Bioética

Jornadas de Bioética e Sociedade “Os órgãos de Comunicação Social dão mais eco ao desrespeito pela humanidade do que ao respeito” mas “estou convencido que há mais respeito pela humanidade do que o inverso” – acusou José Silveira de Brito, professor da Faculdade de Filosofia de Braga, a propósito das Jornadas sobre Bioética e Sociedade, realizadas naquele estabelecimento de ensino, dias 4 e 5 de Março. A Bioética e a sua relação com a Economia, Política, Saúde, Educação e Sociedade de Informação dominaram os dois dias de reflexão. Um dos conferencistas apelou mesmo para “que as questões da Bioética não fiquem reservadas aos especialistas”. “Elas interessam a todos os cidadãos” – disse José Silveira de Brito. A aceitação de recursos deve atender “aos interesses e às necessidades gerais da população” por isso – acentuou o docente – deve-se equilibrar as “despesas de saúde com as outras despesas”. Por outro lado, as relações entre a tecnologia e o humanismo “devem ser articuladas” de modo a que seja “o homem o fim último”. Sendo a tecnologia obra do homem, ela deve, “em primeiro lugar, favorecer o homem” – afirmou. Apesar de se considerar optimista, avança que “há desvios preocupantes: a legalização da eutanásia na Bélgica e Holanda”. Reflexões que podem permitir uma “clarificação e redescoberta de valores”. E adianta: “não é pela condenação e pelo estigmatizar que nós vamos resolver a questão”. Uma iniciativa, realizada na Faculdade de Filosofia, porque a Bioética faz parte da “nossa tradição” e “ensinamos Bioética”, não com este nome, “desde a fundação da Faculdade”. Desde o ano de 1986, quando nasceu o primeiro bebé proveta em Portugal, “leccionamos com o nome actual” e desde 2000 “temos mestrados em Bioética”

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