O Natal de cada dia nos dai hoje

Paulo Rocha, Agência ECCLESIA

A intensidade e agitação da quadra natalícia parece distanciar-se, por vezes, da relevância do acontecimento, da celebração do nascimento de uma Pessoa, Deus e Homem: Jesus Cristo.

Diante de ornamentos e embrulhos, prendas e laços, luzes e sombras, a memória do mistério da incarnação, da presença física de Deus na humanidade, dissipa-se em alguns dias, poucos, feitos de viagens, encontros, refeições, saudações e votos repetidos de “Boas Festas”.

Mas que festas? O que sustenta tantos embrulhos e determina quem tudo faz para estar junto da família, perto ou longe, de amigos e conhecidos, colegas de trabalho e do lazer? E que motivações suportam a ajuda, a solidariedade, os passos de reconciliação dados no ambiente natalício? O que querem dizer tantos gestos, tantos encontros, tantas celebrações?

É o Natal a acontecer em cada dia, a recriação das personagens do presépio em cada tempo, nos vários contextos sociais. Não apenas num dia, numa quadra, porque quando o Natal acontece, marca! E o Natal é a “marca” de todos os corações, cada vez mais global, sem fronteiras.

Acredito na possibilidade de encontrar Jesus, O do presépio e da cruz, em todos os lugares, porque Ele emerge sempre do interior de cada pessoa para se descobrir ao seu redor, também na agitação da quadra natalícia, e para ser celebrado na família, nas comunidades.

Mais do que uma ameaça, o alvoroço que envolve o acontecer do Natal pode ser um “apontador” para o Menino que nasce. Mesmo que não seja visto ou mencionado, é por causa d’Ele que tudo acontece: habitamos e participamos numa sociedade de uma nova era, a cristã.

O que cremos, somos e temos tem na sua matriz o Natal, no que ele exclusivamente é: a incarnação de Deus. Porque não o assumimos realmente, nestas e em todas as épocas, interessa orar em todos os tempos: “o Natal de cada dia nos dai hoje”.

Paulo Rocha

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