«O mundo precisa do testemunho comum dos cristãos»

Na Basílica de São Paulo, Bento XVI encerrou a Semana de oração pela unidade dos cristãos “A divisão dos cristãos é contrária aos planos de Deus e o nosso mundo tem cada vez mais necessidade do testemunho comum dos cristãos. Mas a unidade não se pode certamente impor, nem se pode organizar e o diálogo honesto e leal constitui o instrumento típico e imprescindível na procura dessa unidade”. Assim referiu Bento XVI na Basílica de São Paulo fora de muros, onde esta quinta feira, celebrou a conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Participaram no rito o metropolita Gennadios em representação do Patriarcado Ecuménico, o bispo John Flack em representação da Comunhão Anglicana, o pastor Holger Milkau, decano da Igreja Evangélica luterana na Itália e expoentes da comunidade russo ortodoxa de Roma, do Exercito da Salvação, do patriarcado ortodoxo da Sérvia, da Igreja apostólica arménia. A divisão e falta de comunicação, consequência do pecado, sublinhou o Papa, “são contrarias aos planos de Deus. E a escuta da Palavra de Deus é prioritária também no empenho ecuménico”. Bento XVI referiu que “não somos nós a fazer ou a organizar a unidade da Igreja, a Igreja não se faz a si mesma e não vive de si mesma, mas da Palavra que vem da boca de Deus”. Bento XVI na sua homilia perguntou se “nós cristãos não nos tornámos talvez demasiado mudos? Não nos falta talvez a coragem de falar e de testemunhar como fizeram aqueles que eram testemunhas da cura do surdo-gago na Decápole?” O nosso mundo – acrescentou – “precisa deste testemunho; espera sobretudo o testemunho comum dos cristãos. A unidade não se pode certamente impor; deve ser partilhada e fundada numa participação comum numa única fé”, apontou. No diálogo entre cristãos ”é preciso falar correctamente e de maneira compreensível e o diálogo ecuménico exige a evangélica correcção fraterna e leva a um enriquecimento espiritual recíproco”, manifestou o Papa. Pela primeira vez as vésperas com o Papa na Basílica de São Paulo foram celebradas com o túmulo do apóstolo bem visível, após os recentes trabalhos arqueológicos, acerca dos quais Bento XVI quis manifestar as suas felicitações. O Papa recordou também os muitos encontros fraternos e diálogos a nível ecuménico efectuados em 2006 tanto com as Igrejas do Oriente quanto com as Igrejas e comunidades eclesiais do Ocidente. Nestes acontecimentos “foi possível ter a percepção da alegria da fraternidade, juntamente com a tristeza pelas tensões que permanecem, conservando sempre a esperança”, finalizou. Com Rádio Vaticano

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