A Junta Regional do Porto do Corpo Nacional de Escutas (CNE) realizou um seminário – «100 anos de escutismo» – para recordar esta efeméride e “colocar os olhos no futuro” – disse à Agência ECCLESIA Carlos Nobre, Chefe da Região do Porto do Corpo Nacional de Escutas. O CNE pretende continuar a desenvolver a “proposta educativa” proporcionada pelo Escutismo. Mesmo com cem anos de vida, a Junta Regional do Porto “está em expansão”. As possibilidades são imensas mas continua-se a apostar na formação de agrupamentos. “Abrimos agrupamentos e mantemos o número de escuteiros” – referiu Carlos Nobre. Numa a altura que existem “menos jovens nas escolas” e assiste-se a uma “baixa de natalidade”, Carlos Nobre realça que o “escutismo ainda é atractivo”. Os jovens continuam a aderir a este método oferecido por Baden Powell porque “mantemos uma fidelidade ao método”. Com cem anos de vida, no essencial “não mudámos grande coisa” e “continuamos a ter as mesmas ferramentas propostas pelo fundador” – esclareceu. E adianta: “o segredo está aí”. Os grande pilares do CNE – a relação consigo, a relação com os outros, a relação com o meio e a relação com Deus – “continuam a ser fundamentais no processo educativo”. Aos jovens “não impomos nada” mas ele “empenha-se quando está com os outros”. O adulto é mais um garante da “normalidade deste processo” e que “o enriquece”. Nestes cem anos – com duas guerras pelo meio – o escutismo “continua a ser jovem e a ter uma proposta inovadora”. Numa sociedade que tem uma juventude mais sedentária e mais ligada aos computadores, a natureza “continua a fascinar os jovens” – frisou o Chefe da Região do Porto do Corpo Nacional de Escutas. Por outro lado – salienta – a juventude “encontra aqui um espaço de comunhão”.