O dinheiro é falso e mentiroso

Cidade do Vaticano, 18 abr 2014 (Ecclesia) – Na celebração da Paixão do Senhor, na Basílica de São Pedro (Vaticano), o pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa disse na homilia que o dinheiro é “falso e mentiroso”.

Como todos os ídolos, o dinheiro é “falso e mentiroso: promete a segurança e, em vez disso, a tira; promete a liberdade e, em vez disso, a destrói”, afirmou frei Cantalamessa, na celebração presidida pelo Papa Francisco.

Citando a Escritura, frei Raniero Cantalamessa, frade capuchinho, lembrou que “o apego ao dinheiro é a raiz de todos os males” e que por detrás “de todo o mal” da sociedade “está o dinheiro, ou pelo menos está também o dinheiro”.

Na sua homilia, o frade capuchinho levantou algumas questões sobre o mundo onde reina o dinheiro: O que está por detrás do tráfico de drogas que destrói tantas vidas humanas, a exploração da prostituição, o fenómeno das várias máfias, a corrupção política, a fabricação e comercialização de armas, e até mesmo – coisa horrível de se dizer – a venda de órgãos humanos removidos das crianças? E a crise financeira que o mundo atravessou e que este país ainda está atravessando, não é, em grande parte, devida à «deplorável ganância por dinheiro»”?, realça a Rádio Vaticano.

O religioso lembrou que “Judas não tinha nascido traidor e não o era quando foi escolhido por Jesus; tornou-se! Estamos diante de um dos dramas mais obscuros da liberdade humana. Por que se tornou?” – perguntou.

Os Evangelhos falam de um motivo muito mais terra-terra – observou: “o dinheiro” porque “Judas tinha a responsabilidade da bolsa comum do grupo; na ocasião da unção em Betânia havia protestado contra o desperdício do perfume precioso derramado por Maria aos pés de Jesus, não porque se preocupasse pelos pobres, assinala João, mas porque “era um ladrão e, como tinha a bolsa, tirava o que se colocava dentro”.

Concluindo, o pregador da Casa Pontifícia recordou que Jesus sabe fazer de todas as culpas humanas, uma vez que nos tenhamos arrependido, “felizes culpas”, culpas que não são mais lembradas a não ser pela experiência da misericórdia e pela ternura divina da qual foram ocasião.

RV/LFS

 

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