O cristão do futuro será místico

Congresso do Movimento Eclesial pelo Compromisso Cultural «O cristão do futuro ou será um místico ou não será cristão», afirmou D. Ignazio Sanna, teólogo e vice-reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, durante o VIII Congresso italiano do Movimento Eclesial pelo Compromisso Cultural (MEIC). O evento, que aconteceu de 22 a 24 de Outubro, no hotel «Domus Mariae» de Roma, contou com a participação de 250 delegados em representação dos mais de 100 grupos italianos sobre o tema «Correr, competir, conquistar. E contemplar?». Ao assistente nacional do MEIC correspondeu discutir no segundo dia do congresso o tema do «correr», enquanto que o do competir esteve ao cargo do economista Lorenzo Caselli e o do «conquistar» ao sociólogo Mauricio Amborini. «Se houver uma corrida na vida do cristão – afirmou D. Sanna -, esta tem de ser a corrida do discípulo e do evangelizador», mas, ao mesmo tempo, deve também se tratar de uma «corrida da esperança para a ressurreição». «Toda a história do cristianismo é uma história de fé que transformou as vias da humanidade em caminhos de esperança», acrescentou. Nesta perspectiva, afirmou D. Sanna, a dimensão contemplativa assume uma função fundamental: «O cristão do futuro ou será um místico ou não será um cristão». «Com isto –explicou–, não queremos dizer que todos devem ter experiências místicas para ser cristãos, mas que, num mundo plural e secularizado, já não será suficiente nascer cristãos, mas há que se chegar a sê-lo com a força da razão e a coragem da fé». O MEIC, definido em 2002 por João Paulo II como «a vanguarda missionária para o mundo da cultura e das profissões, dentro da grande família da Acção Católica Italiana», nasceu em 1932-33 com o nome de Movimento de graduados universitários de Acção Católica e assumiu o nome actual em 1980. Os trabalhos do congresso encerraram com uma missa presidida pelo presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, cardeal Paul Poupard.

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