Reconhece o Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz
O crescimento do “islão é uma questão sensível” – disse o cardeal Peter Turkson, Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, aos jornalistas, em Fátima, à margem da Semana da Pastoral Social. No entanto, acrescenta o prelado, o “islão está a crescer em todo o lado, não só em África”.
Recentemente, D. Peter Turkson esteve na Áustria e “as mesquitas estão a ser construídas onde nunca existiram”. “Acontece o mesmo na França, na Holanda, na Inglaterra”. Perante estes factos, o Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz realça que a “Europa não está a tomar seriamente o factor demográfico e o islão está a fazê-lo”.
Ao nível religioso existem dois cenários no continente africano. Há lugares onde o islão é minoria, outros onde é maioria. “Onde é minoria, não é fácil. Quando é maioria, é duro” – reconhece. Quando as percentagens são iguais como na Nigéria, “toda a gente quer colocar-se como maioria”. “Não há uma solução definitiva, queremos confiar que podemos dialogar, mas depende do outro lado” – salientou D. Peter Turkson.
Em relação aos conflitos no continente africano, o prelado, natural do Gana, sublinhou que África tem 54 países e “só há conflitos em meia dúzia: Somália, Sudão, Chade, Congo, Quénia… se retirar esses, a maior parte de África não tem problemas”. Esses problemas são de diferentes tipos: “tribais ou étnicos como no Ruanda, religiosos como no Sudão, ou de recursos, como na Nigéria” – declarou
Cada um destes problemas requer uma solução. “O mais básico é o étnico, é esse que, como Igreja, temos que enfrentar. Quando estamos na Igreja, o nosso ser cristão tem que ultrapassar a nossa pertença étnica. Se não, não somos cristãos” – pediu.