Encerramento das III Jornadas Nacionais da Pastoral da Cultura deixam apelo à ousadia e surpresa neste campo. “Um momento importante de maturação do caminho que se está a percorrer” – disse à agência ECCLESIA o Pe. Tolentino Mendonça, director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, sobre as III Jornadas Nacionais da pastoral da Cultura, realizadas em Fátima, dias 1 e 2 de Junho. Subordinadas à temática«Para uma pastoral da Cultura: prioridades e práticas», nesta iniciativa reflectiu-se sobre o lugar desta pastoral na Igreja. “É importante criar um lugar e reconhecer que a cultura é um campo novo que se abre à evangelização” – referiu o Pe. Tolentino Mendonça. Promovidas pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, nesta actividade trocaram-se experiências no âmbito da cultura. “É um lugar diferente dos lugares tradicionais e que exige outro tipo de linguagem e outra presença”. E acrescenta: “é um novo lugar que se abre para o anúncio do evangelho”. O trabalho em rede facilita os compromissos assumidos. No campo da cultura é fundamental a progressão porque “o trabalho é paulatino e progressivo”. Na medida em que se trata de uma presença e de um diálogo “temos de acreditar na lógica da semente”. Como há uma “mecanismo de irradiação”, as pessoas envolvem-se nas propostas. “Um trabalho fecundo da igreja neste campo pastoral” – sublinhou o Pe. Tolentino Mendonça. Neste caminho, paciente mas já significativo, constrói-se, de ano para ano, um diálogo. No entanto, a surpresa é fulcral. “Jesus Cristo é um acontecimento que surpreende e espanta”. A pastoral da cultura deverá apostar na surpresa que “é o encontro com Jesus Cristo”. E avança: “ousadia e coragem de percorrer caminhos novos”. O mundo da cultura espera da Igreja “alguma coisa”. Esta expectativa deve “despertar em nós entusiasmo para que possamos dar uma resposta criativa e positiva”. Nestas jornadas divulgou-se também o vencedor do Prémio de Cultura Pe. Manuel Antunes que foi atribuído ao cineasta Manoel de Oliveira. “Um dos criadores portugueses mais extraordinários” – realçou o director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. E conclui: “a filmografia de Manoel de Oliveira medita sobre a condição humana”. Notícias relacionadas • Paixão pelo cinema de artesanato