O Bispo que tem saudades de ser pároco

Reacção de D. Antonino Dias à nomeação para Portalegre-Castelo Branco, com promessas de continuidade Depois de ter tomado conhecimento que iria para a diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias disse à Agência ECCLESIA que leva uma “enorme vontade de conhecer a diocese e as suas realidades”. Tornada pública hoje (8 de Setembro) a sua nomeação para aquele território eclesial, o bispo eleito irá “inserir-se nos planos delineados” pelo antecessor. E adianta: “este ano vou entrar no comboio”. Natural do concelho de Monção, D. Antonino Dias foi chamado para a diocese de Portalegre-Castelo Branco no passado dia 31 de Agosto. “Até ao momento não tive muito tempo para estudar sobre a diocese” porque “tinha programações da arquidiocese de Braga”. Nos próximos dias irá aprofundar os conhecimentos e “consultar o site da diocese”. Quando recebeu a notícia “fiquei surpreendido” porque “pensava que para a situação concreta escolhessem alguém mais do sul do país”. Nascido na freguesia de Longos Vales, o bispo eleito de Portalegre – Castelo Branco mudará de registo e passará a ver as longas planícies do Alentejo. “É uma realidade diferente e distinta, mas é essa que tenho que enfrentar” – sublinhou. E acrescenta: “é uma causa a abraçar”. Depois de passar oito anos na diocese de Braga como bispo auxiliar, D. Antonino Dias abraça um novo projecto. “Foram anos muito ricos e, ao mesmo tempo, de bastante actividade” – confessou. Nomeado para auxiliar de Braga na mesma altura de D. António Marto (actual bispo de Leiria-Fátima), D. Antonino Dias teve também como colega na diocese D. António Francisco Santos (actual bispo de Aveiro) e D. António Couto. “Foi uma experiência muito feliz” – afirma. Durante estes anos, D. Antonino Dias reconhece que foi um tempo de “aprendizagem” e agora “sinto-me mais confortável para enfrentar novos desafios”. Na diocese de Braga, o bispo eleito de Portalegre – Castelo Branco desempenhou várias funções pastorais. As pessoas que trabalharam com ele consideram-no uma pessoa rigorosa. “Gosto que as coisas estejam direitas” – disse. Aparentemente, D. Antonino Dias surge como uma pessoa distante, mas os mais próximo realçam a sua afabilidade. “Posso parecer distante, mas não sou. Procuro estar o mais próximo das pessoas” – salienta. E exemplifica: “quando fui pároco – ainda tenho saudades de ser pároco – gostava de estar com as pessoas”. Com um curriculum extenso e que abrange várias áreas da pastoral, D. Antonino Dias afirma que irá levar essa experiência para a diocese que o acolherá no próximo dia 12 de Outubro. “Nunca me desliguei da pastoral e das pessoas em concreto”. O «Diário do Minho» e «Notícias de Monção» foram dois jornais onde colaborou. Será que a nova diocese terá também a colaboração do pastor nos órgãos de Comunicação Social? D. Antonino Dias afirma que “é possível que sim”. Para além das actividades pastorais que ocuparão grande parte do seu tempo, o bispo eleito de Portalegre – Castelo Branco também gosta de “estudar, ler e ouvir música”. Como está numa região onde José Régio passou parte da sua vida, D. Antonino Dias explicou que “terei de reler alguns livros dele”.

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