O Bispo de Roma e a unidade dos cristãos

João Paulo II lembrou esta manhã que o Bispo de Roma representa “um serviço particular de unidade” para a comunhão da Igreja Católica. Esta afirmação, proferida na audiência geral desta manhã, reforça o que o Papa disse ontem ao Patriarca Bartolomeu I, Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, em visita ao Vaticano. “A comunhão com o Bispo de Roma exprime o princípio fundamental da unidade, que dá forma à vida eclesial em todos os aspectos, recordando que tal comunhão é orgânica e hierárquica; manifesta que a Igreja, para ser uma, tem necessidade de um serviço peculiar da Igreja de Roma e do seu Bispo (o Papa), cabeça do colégio episcopal”, disse João Paulo II. O Papa recebeu ontem no Vaticano o Patriarca Bartolomeu I, líder da Igreja Ortodoxa, tendo pedido que as duas Igrejas sejam capazes de reconciliar-se com o seu passado e caminhar para a unidade. “Rezemos juntos para que o Senhor da história purifique a nossa memória de todos os preconceitos e ressentimentos, e nos permita avançar livremente na estrada da unidade”, pediu durante a histórica audiência. Na Eucaristia que assinalou a Festa litúrgica de São Pedro e São Paulo, os líderes católico e ortodoxo partilharam a homília, onde Bartolomeu I assinalou que “ambas as vozes falam de unidade”, afirmação que a assembleia sublinhou com uma salva de palmas. Bartolomeu I disse que veio ao Vaticano “com sentimentos de alegria e de tristeza manifestar o nosso amor para a vossa pessoa e todos os membros da Igreja de Roma”. “Estamos entristecidos por faltar aquilo que completaria os vossos sentimentos de alegria: o restabelecimento a plena unidade”, explicou. João Paulo II agradeceu a presença do líder Ortodoxo a sua presença e reafirmou que “a Igreja de Roma está com firme vontade e sinceridade no caminho da plena reconciliação”.

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