O representante do Papa na Geórgia, Núncio Cláudio Gugerotti, fez um chamado à comunidade internacional para que não sejam esquecidos os países envolvidos no conflito entre Rússia e Geórgia por causa da Ossétia do Sul. Seguindo o pedido de Bento XVI, que este Domingo apelou ao fim do conflito e à entrega das armas, o seu Núncio, em declarações à Rádio Vaticano, afirmou que as pessoas que vivem na região do Cáucaso estão “a sofrer drasticamente” e falou “numa perspectiva que poderá ser dramática”. “Aqui é preciso uma paz estável, porque se trata de uma região que poderá modificar um continente inteiro”, disse. “O pedido que faço, que é também uma oração e uma súplica a Deus e a todos os homens de boa vontade, é que se compreenda como guerras desse tipo provocam apenas destruição e põem em risco os mais pobres, os mais frágeis”, frisou Núncio Apostólico. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Geórgia, Eka Tkeshelashvili, reúne-se Terça-feira, em Bruxelas, com o secretário-geral da NATO, Jaap de Hoop Scheffer. Por outro lado, um responsável militar russo anunciou hoje o destacamento de mais 9000 soldados, apoiados por 350 blindados, na república separatista georgiana da Abkázia. “O reforço do contingente de manutenção de paz destina-se a evitar a repetição da situação que aconteceu com as forças de manutenção de paz russas na região de Tskhinvali”, capital da Ossétia do Sul, indicou.
