Número dois do Papa diz que a Igreja deve respeitar e ser respeitada

O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, afirmou à agência de notícias francesa AFP que a laicidade positiva “nega a intolerância” ou a hostilidade. A declaração foi uma referência ao conceito mencionado pelo presidente francês, Nicolas Sarcozy, no seu encontro com o Papa em dezembro passado, no Vaticano. Segundo o Cardeal Bertone, ninguém deve ser obrigado a crer ou ser impedido de crer. “A Igreja pode deixar clara a sua opinião sobre um ou outro aspecto da legislação de um país, se ficar evidenciado que se distancia da lei natural ou do bem comum”, explica o número dois do Papa, para quem a Igreja “deve respeitar e ser respeitada”. “Respeitar não significa fazer pactos ou ser indiferente, mas sim observar com atenção e inclusive admiração, ao mesmo tempo que se conserva a liberdade de divulgar o que deve ser rectificado ou modificado”, precisa. Sobre as relações entre política e Igreja, o Cardeal Bertone disse que se deve considerar o ensinamento do Evangelho: “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. “O Estado assegura, pelas leis e a regulação da vida social, uma felicidade terrestre legítima e necessária. A Igreja explica, pela apresentação da lei divina, o anúncio do Evangelho e a vida dos sacramentos, as condições de felicidade eterna”, observou, defendendo uma “sã colaboração”.

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