Novos membros da Guarda Suíça prestaram juramento no Vaticano

33 novos recrutas da Guarda Suíça prestaram esta Terça-feira o seu juramento numa cerimónia solene que assinala o aniversário do saque de Roma pelas tropas do imperador Carlos V, em 1527. O Papa Clemente VI salvou-se da ofensiva ao refugiar-se no castelo de Sant’Angelo, mas 147 Guardas perderam a vida ao defendê-lo. O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, presidiu a uma Missa na Basílica de São Pedro, para os guardas, as suas famílias e autoridades helvéticas. Estas comemorações são “um dos momentos mais importantes do Estado da Cidade do Vaticano”, sublinhou o Cardeal Bertone na sua homilia. O comandante da Guarda Suíça, Elmar Theodor Maeder, depositou uma coroa de louros diante do monumento aos membros mortos e alguns guardas serão condecorados. O Arcebispo Fernando Filoni, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, conferiu condecorações e distinções honoríficas a alguns membros do Corpo militar. O juramento aconteceu durante a tarde. O Capelão da Guarda Suíça deu leitura ao juramento, que diz: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra o Supremo Pontífice Bento XVI e os seus legítimos sucessores, e dedicar-me a eles com todas minhas forças, sacrificando inclusive, se necessário, a minha própria vida para defendê-los. Assumo igualmente este compromisso relativamente ao Sacro Colégio dos Cardeais durante a duração da Sé Vacante. Prometo ainda ao Capitão Comandante e aos outros meus superiores respeito, fidelidade e obediência. Juro observar tudo aquilo que a honra da minha posição exige de mim”. Os recrutas confirmaram o juramento na sua língua natal junto do vice-comandante, tocando com a mão esquerda na bandeira e levantando três dedos da mão direita para o céu, enquanto pedem a assistência “de Deus e dos seus Santos”. Os padroeiros da Guarda Suíça são S. Martinho de Tours, S. Sebastião e S. Nikalus von Flue, “defensor da paz e Pai da Nação” suíça. A Guarda Suíça Pontifícia, fundada pelo Papa Júlio II em 1506, é uma companhia de voluntários, recrutados em todas as partes da Suíça, organizados militarmente, para a custódia da pessoa do Papa e da sua residência. Outras tarefas são também a vigilância dos ingressos na Cidade do Vaticano, assim como serviços de segurança e de honra durante as funções religiosas e diplomáticas do Santo Padre. Uma representação da Guarda Suíça acompanha o Papa nas suas viagens ao exterior. O corpo é formado por 110 guardas e compreende 4 oficiais (coronel, tenente coronel, major e capitão), 1 capelão, 26 suboficiais e 79 soldados. O serviço dura dois anos, com possibilidade de renovação e promoção, até um máximo de 20 anos de serviço. Para fazer parte da Guarda Suíça é preciso ser católico, nascido nesse país, com uma altura superior a 1,74 metros e ter frequentado a recruta no exército suíço. Os soldados deverão ter até 30 anos e ser solteiros, sendo possível casarem-se depois de subirem de patente. Todos, sem excepção, vivem no Vaticano.

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