Novos cortes exigem solidariedade

D. Manuel Clemente espera que medidas do Orçamento do Estado se limitem ao «estritamente» necessário

Lisboa, 17 out 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa pediu hoje que a solidariedade “prevaleça” no atual momento de crise no país e que os anunciados cortes no próximo Orçamento do Estado (OE) se limitem ao “estritamente necessário”.

“O que transparece é que o endividamento externo é de tal ordem que condiciona as medidas que têm de se tomar e, neste sentido, o único apelo que eu faço é para que a solidariedade prevaleça e se corte apenas aquilo que tiver estritamente de ser cortado”, afirmou D. Manuel Clemente, em declarações aos jornalistas, antes de uma visita à instituição ‘Ajuda de Berço’, em Lisboa.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa defendeu que os eventuais cortes, por parte do Estado, devem ser compensados “pela solidariedade reforçada de toda a sociedade”.

“Que não sejam sempre aqueles que estão mais indefesos que tenham de pagar faturas que são de todos”, desejou.

D. Manuel Clemente espera ainda que aqueles que são “mais sacrificados” se sintam “acompanhados por todos”.

“As nossas circunstâncias são tão difíceis e a nossa capacidade de manobra e de intervenção também é tao exígua que isso só pede de todos nós uma solidariedade muito reforçada”, precisou.

O patriarca de Lisboa disse, por outro lado, que não tem dados para avaliar da existência de alternativas ao novo OE, acreditando que “só um peso muito grande de circunstâncias externas” tenha “levado a estas medidas”.

Após a última reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, a 8 de outubro, o organismo manifestou a sua “preocupação” perante os cortes nas pensões de sobrevivência.

OC

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