Missionários Verbitas estão em capítulo provincial para programar o futuro O Pe. José Antunes da Silva foi eleito, hoje (15 de Março), Superior Provincial dos Missionários do Verbo Divino (SVD) para o triénio 2007-2010. É natural de Maxial do Campo, Concelho de Castelo Branco, diocese de Portalegre – Castelo Branco. Com 49 anos anos, já esteve como missionário no Ghana durante três anos.Fez o Mestrado nos Estados Unidos ( Washington) e em Portugal foi responsável pela pastoral universitária em Guimarães e deu aulas na Universidade Católica. Era membro do Conselho Provincial e pertence à comunidade SVD de Fátima. Os missionários do Verbo Divino estão a realizar o seu Capítulo Provincial, em Fátima, até amanhã (16 de Março). Ontem, no final do primeiro dia de trabalho, o Pe. Augusto Leitão, anterior Provincial dos Verbitas, fez à Agência ECCLESIA o balanço dos dois mandatos. “Tentei não fazer um trabalho apenas a nível interno mas em conjunto com outras congregações que têm as mesmas preocupações”. Dinamizar a congregação e integrá-la na Igreja e no conjunto da “caminhada dos outros Institutos Religiosos” são preocupações. Ao longo dos seis anos, o Pe. Augusto Leitão referiu que tentou responder a “necessidades que vão surgindo dentro da própria Igreja”. E acrescenta: “aceitámos três paróquias na diocese da Guarda”. A animação missionária – uma das particularidades dos Verbitas – foi outro ponto em destaque. “Ajudámos para a abertura da dimensão universal da Igreja”. Como existem “poucas vocações”, o Provincial dos Verbitas apostou também nesta vertente pastoral. “Deus continua a chamar mas é preciso criar condições para isso”. E aponta: “é fundamental ir ao encontro dos jovens e criar uma cultura vocacional”. Ao olhar para a realidade da Igreja Portuguesa, o Pe. Augusto Leitão refere que “não estamos a conseguir passar o Evangelho às gerações novas”. Assiste-se a uma passagem da Igreja da Cristandade para uma Igreja de Modernidade. “Talvez a Igreja não tenha compreendido esta alteração”. A estrutura da catequese não é a mais adequada. “Não pode ser apenas uma hora com pessoas – muitas vezes – com pouca formação” – admite. Em relação ao projecto missionário desta congregação, o anterior provincial afirma que este segue o esquema «Ver, Julgar e Agir». “Temos de ter um diálogo profético com a sociedade”.